Daniela Cardoso
Uma audiência pública foi realizada nesta quinta-feira (20) para debater a segurança e outros problemas alvo de reclamação dos moradores dos condomínios que fazem parte do programa federal, Minha Casa, Minha Vida.
O Coronel Elenilson Santos Silva informou que a Polícia Militar já vem fazendo o policiamento preventivo em todos os condomínios do Programa em Feira de Santana. Segundo ele, na medida em que novos empreendimentos vão surgindo, a polícia dá suporte aos solicitantes.
“A PM tem trabalhado na prevenção para evitar que os crimes aconteçam. A demanda vem crescendo e nós estamos atacando. Precisamos ter apoio da comunidade que tem o papel importante de procurar as instituições de segurança para buscar seus direitos e denunciar, sem olhar a quem, sem ter medo, pois a identidade será preservada”, destacou.
O deputado estadual e líder do governo na Assembleia Legislativa, Zé Neto, disse que medidas pontuais serão realizadas, mas não citou quais.
Redução no valor das parcelas
O deputado Zé Neto informou que algumas decisões positivas já estão definidas, a exemplo da redução das prestações dos imóveis mais antigos. “O sistema já está sendo trabalhado para isso. A redução deve ser de 50% e dentro de 30 dias já estará sendo aplicada”.
Além da redução nas parcelas, Zé Neto informou que será feita a intervenção nos pisos, que também deve ser iniciada em 30 dias e anunciou a instalação de pontos móveis da Embasa e da Coelba nos residenciais do Minha Casa, Minha Vida.
A construção de duas escolas, uma na Mangabeira e outra na Conceição, para abastecer a demanda dos residenciais, também foram anunciadas pelo deputado.
Abastecimento de água
O gerente local da Embasa, José Neidson, disse que não há falta de água e explicou por que ainda assim os moradores reclamam. Segundo ele, quando os condomínios são inaugurados, já têm as redes tratadas e testadas com água disponível. Ele disse que o problema está nos edifícios.
“Temos a medição nos edifícios. A gente coloca a água no reservatório inferior e para essa água chegar às unidades, ela tem que ser bombeada para o reservatório superior. Para ser bombeada ela precisa da ligação de energia. Como o trâmite muitas vezes não está adequado para o que a gente precisa, por falta de documentação, por exemplo, essa ligação demora para ser feita. A água está lá em qualidade e quantidade suficiente, mas não é enviada para as unidades. As pessoas não entendem que esse não é um problema da Embasa”, afirmou.
Trabalho de adaptação
A coordenadora da União Por Moradia Popular da Bahia, Justa Gonzaga, também participou da audiência pública e explicou como funciona o trabalho social com as famílias do Minha Casa, Minha Vida.
“Fazemos o trabalho antes mesmo da mudança das famílias para que elas conheçam o programa e saibam como vai ser morar nesse espaço com pessoas que não se conhecem, com uma cultura diferente, já que eles estão acostumados a morar em casa e vão passar a morar em apartamento. É complicado, são famílias com um número grande de crianças. Eles têm que respeitar o espaço do outro e é necessário que esse trabalho de conscientização seja feito antes da entrega das casas”, afirmou.
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.