Os advogados Caio Vitor Menezes e Marcos Silva se manifestaram sobre a prisão de dois policiais militares, detidos na quarta-feira (1º) durante a Operação Estado Anômico, que investiga um grupo suspeito de envolvimento em crimes como lavagem de dinheiro oriunda do jogo do bicho, agiotagem, extorsão e receptação qualificada. A ação também tem como alvo o deputado estadual Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha, que segue foragido.
Segundo o advogado Caio Vitor Menezes, que representa um dos militares, as acusações não se sustentam e foram tratadas de maneira desproporcional.
“São acusações rasas, que poderiam ser esclarecidas por meio de um simples interrogatório, sem a necessidade de uma medida cautelar tão extrema como a prisão preventiva”, afirmou ao Acorda Cidade.
O advogado destacou que, até o momento, não teve acesso à íntegra dos autos, que seguem sob sigilo, mas adiantou que as movimentações apontadas como irregulares somariam cerca de R$ 20 mil em um período de cinco anos.
“Essas movimentações dizem respeito à compra de peças de carro, sem qualquer ilicitude. Há ainda uma suposta obstrução de justiça que não encontra respaldo nos fatos. Meu cliente nega totalmente envolvimento e está à disposição para colaborar com as autoridades”, acrescentou.
O advogado afirmou ainda que entrará com habeas corpus para contestar a decisão da prisão preventiva.
“Esse talvez seja o processo criminal mais sensível dos últimos anos em Feira de Santana. É preciso cautela, mas confiamos que a verdade será reconhecida e que meu cliente poderá retomar sua carreira na Polícia Militar, onde sempre teve conduta ilibada”, completou.
Já o advogado Marcos Silva, que também defende um policial militar investigado na mesma operação, disse que ainda é cedo para definir estratégias, uma vez que a defesa não teve acesso completo às investigações.
“Meu cliente teve mandado de prisão preventiva e busca e apreensão cumpridos. Ontem, durante a audiência de custódia na Superintendência da Polícia Federal em Salvador, pedimos liberdade provisória, mas o pedido foi negado. Ele foi encaminhado ao Batalhão de Choque, onde permanece à disposição da Justiça”, relatou.
O advogado ressaltou que, neste momento, o foco da defesa é analisar o material colhido e verificar a real participação do cliente nos fatos investigados.
“A defesa está aguerrida e vai buscar a verdade dos fatos. Temos convicção de que a justiça será feita e, nesse caso, a justiça será a liberdade”, concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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