O viaduto da Rua Senador Quintino, em Feira de Santana, continua sendo motivo de queixas de motoristas e pedestres. Quem precisa atravessar a região diariamente enfrenta congestionamentos e risco de acidentes, situação que afeta moradores dos bairros Aviário, Feira VII, Tomba e também condutores que saem do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) e precisam retornar em direção à BR-324.
“Eles botaram o guard-rail ali pra proibir pra quem vem ali na lateral do viaduto subir diretamente pelo Anel de Contorno no sentido Feira X, eles bloquearam. Se eles fizessem ali um asfaltamento naquela parte e botassem acessibilidade ali, desafogaria bastante o viaduto da Senador. É a minha sugestão para o pessoal analisar e fazer até um projeto. Em determinados horários está bem complicado”, sugeriu um dos ouvintes durante o Programa Acorda Cidade.
O chefe de divisão de sinalização e equipamentos de trânsito da Superintendência Municipal de Trânsito (SMT), Herval Borges da Silva, explicou ao Acorda Cidade que a responsabilidade pelas reclamações relacionadas ao viaduto, incluindo a confusão no trânsito, é do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
“Essa responsabilidade é do Dnit. Na última reunião que tivemos, nós sugerimos que eles fizessem um projeto aumentando o raio ali debaixo do viaduto, permitindo que quem vem do Clériston Andrade fizesse o retorno e seguisse para Salvador, pelo próprio anel, no caso isso facilitaria o trânsito e diminuiria o conflito entre os condutores. Foi uma sugestão nossa há algum tempo, por meio de reunião. Ficou a critério do Dnit e da ViaBahia (na época concessionária)”, explicou.
No entanto, o projeto não foi apresentado. “E lá ficou essa situação até hoje, aquela confusão toda, trazendo transtornos. No horário de pico, é um verdadeiro caos”, lamentou Herval.
Para o chefe de divisão da SMT, o local representa um atraso para o desenvolvimento da cidade. Ele relatou que a SMT possuía um projeto para melhorar o fluxo da região, mas não foi possível avançar devido à gestão da ViaBahia.
“Existia esse projeto antes da construção do viaduto. Só que a ViaBahia não nos deu a oportunidade de discutir essa possibilidade. A Rua São Salvador vinha para o bairro e a Rua Senador Quintino ia para o centro da cidade. Era essa a situação”, afirmou.
Após a construção do viaduto, a situação no entorno ficou ainda mais caótica devido ao tráfego intenso nas imediações do Anel de Contorno.
Segundo Herval, até o momento, uma intervenção no local por parte da SMT está descartada. A solução seria alargar algumas vias para permitir a construção de um retorno antes do viaduto.
“Se houver um projeto de alargamento, ampliando um pouco a via e criando um raio, seria possível dar mais uma faixa para que o motorista faça o retorno sem se envolver em acidentes à frente. Ali é arriscado; se bater, o carro quebra. Passagem de pedestre não existe, é um sufoco”, disse.
Herval Borges conhece os gargalos da região muito antes da instalação do viaduto. Ele mora no bairro Oyama Pinto, no sentido Feira VII, e precisa atravessar a região diariamente.
“Eu já saí duas ou três vezes pelo Tomba para chegar em casa. Quando quebra um carro ali, é um Deus nos acuda. Só o Dnit pode resolver”, reforçou.
Ele também citou outros pontos com problemas de planejamento, como Viveiros e Sobradinho, onde a passagem entre as ruas Amaralina e a Primavera foi eliminada, sendo deslocada para um único ponto.
Sobre a possibilidade de uma parceria entre município e União, o chefe da SMT ainda reforçou que a responsabilidade é federal e que a solução passaria pela construção de uma nova passagem pela Rua São Salvador. Ele acrescentou que não há previsão para isso, já que a obra depende de estudos e verbas para execução.
O Acorda Cidade entrou em contato com o Dnit e aguarda retorno.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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