Brasil

Semana Nacional de Trânsito: tema deste ano traz a reflexão "Desacelere. Seu bem Maior é a Vida"

A ação foi instituída, em 1997, pelo Código de Trânsito Brasileiro (CBT) e conta com a coordenação do Conselho Nacional de Trânsito.

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Foto: Jorge Magalhaes/Secom

De 18 a 25 de setembro está sendo realizada a Semana Nacional de Trânsito, cujo objetivo é conscientizar e educar pedestres, ciclistas e motoristas para um trânsito mais seguro. A campanha deste ano traz a mensagem “Desacelere. Seu bem Maior é a Vida” e tem sido fundamental para salvar vidas nas estradas do Brasil, além de reduzir o número de acidentes. A ação foi instituída, em 1997, pelo Código de Trânsito Brasileiro (CBT) e conta com a coordenação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Durante este período serão promovidas palestras, workshops e iniciativas educativas.  

Os números de acidentes fatais envolvendo automóveis voltaram a crescer no país, chegando a 16,2 óbitos a cada grupo de 100 mil habitantes. Segundo dados referentes a 2023, a alta representa 2,5% em comparação com o ano anterior. Já os casos com motocicletas atingiram a taxa de 6,3% por 100 mil habitantes também em 2023, com alta de 12,5%. Além disso, scooters, patinetes e bicicletas elétricas com ou sem pedal e ciclomotores de duas ou três rodas, que fazem parte da categoria micromobilidade, também apresentam risco de acidentes de trânsito.

Como podemos evitar acidentes com scooters, patinetes e bicicletas elétricas? O que fazer durante um acidente? 

Segundo Jefferson De Decco – ortopedista e professor do Idomed (Instituto de Educação Médica) – nos últimos anos, o uso de scooters, patinetes e bicicletas elétricas cresceu. Elas são práticas, econômicas, acessíveis além de ajudar a fugir do trânsito sendo também uma opção mais sustentável de transporte. Mas, como todo veículo, também oferecem riscos se não forem utilizados com atenção e segurança.

“Muitas vezes, os acidentes estão ligados à falta de equipamentos de proteção, excesso de velocidade, distração ou até mesmo desrespeito às regras de trânsito. Mesmo em trajetos curtos, uma queda pode causar lesões sérias ao usuário destes meios de transporte. Dentre os itens de segurança, o capacete é o mais importante, pois protege a cabeça contra traumatismos, que podem ser graves mesmo em quedas leves. Em alguns estados, o uso do capacete é obrigatório por lei para bicicletas e recomendado fortemente para scooters e patinetes. Outros itens de segurança como cotoveleiras e joelheiras ajudam a evitar fraturas e escoriações em quedas, que são muito comuns. Quem já caiu sabe, na hora do susto, é instintivo apoiar-se com os braços ou joelhos”, comenta.

O ortopedista dá dicas práticas para a utilização destes veículos, como usar capacete e, se possível, joelheiras e cotoveleiras; verificar os freios e pneus antes de sair; respeitar os limites de velocidade e as regras de trânsito; manter atenção redobrada em cruzamentos e locais com pedestres, evitar o uso de fones de ouvido e celular durante o trajeto. Ele também aconselha o que devemos fazer em caso de acidente: tentar manter-se calmo e verificar se está em um local seguro, afastado do tráfego; avaliar os ferimentos e, se houver dor intensa, sangramento ou suspeita de fratura, não se mova e aguarde ajuda; acionar o Samu (192) ou bombeiros imediatamente em casos graves e registrar o acidente (se possível) e avisar os familiares. Se a vítima bater a cabeça, mesmo com capacete, ela deve procurar um hospital, pois alguns sintomas podem aparecer horas depois. Já em casos de pequenos ferimentos, ele recomenda higienizar com água limpa, além de fazer um curativo simples e, depois, procurar um atendimento médico para avaliação.

“Após um acidente, mesmo quando os ferimentos parecem ser leves, é comum surgirem dores, rigidez ou limitações nos movimentos. A fisioterapia nesses casos é fundamental para: reduzir dor e inflamações, recuperar força e mobilidade, prevenir sequelas e novas lesões e acelerar o retorno às atividades do dia a dia e ao esporte”, afirma Jefferson.

Fisioterapia reduz dor, inflamações e recupera força e mobilidade

Segundo Renata Leite – professora do curso fisioterapia da Estácio – é fundamental procurar um serviço de fisioterapia sempre que forem percebidas alterações após um acidente. Essas mudanças podem incluir dores na coluna, articulares ou até mesmo dores de cabeça que se tornaram frequentes depois do evento. Quando não tratadas, essas condições podem evoluir para quadros de dor crônica e gerar problemas mais complexos no futuro.

“Nos casos de traumas ou fraturas que exigem cirurgia, a fisioterapia torna-se imprescindível para garantir que o tecido lesionado recupere ao máximo sua função, prevenindo má consolidação óssea, cicatrizes dolorosas e restrições de movimento”, afirma a fisioterapeuta.

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