O parto é um dos momentos mais importantes da vida da mulher e envolve tanto emoções quanto decisões médicas fundamentais. Entre elas, a escolha da anestesia é uma das maiores dúvidas das gestantes. De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), mais de 50% dos partos realizados no Brasil são cesarianas — procedimento que, em sua maioria, necessita de anestesia regional.
Para o médico anestesiologista Hugo Dantas, presidente da Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas da Bahia (Coopanest-Ba), a avaliação pré-anestésica é indispensável para garantir segurança e personalização. “O anestesiologista precisa conhecer o histórico clínico, alergias, uso de medicamentos e condições específicas da gestante, como hipertensão ou diabetes gestacional. É esse cuidado que possibilita indicar a técnica mais adequada para um parto tranquilo e seguro”, destaca.
Tipos de anestesia utilizados no parto
- Analgesia para parto normal: reduz a dor das contrações sem retirar a mobilidade da gestante. É feita geralmente com bloqueio peridural ou combinado, permitindo que a mulher participe ativamente do nascimento.
- Anestesia raquidiana ou peridural para cesárea: técnicas mais comuns, que bloqueiam a sensibilidade da cintura para baixo, mantendo a mãe consciente para acompanhar o nascimento do bebê.
- Anestesia geral: indicada apenas em situações emergenciais ou quando há contraindicações para os bloqueios regionais, sendo utilizada em menos de 5% das cesarianas, segundo a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA).
Segurança materna e neonatal
Além de aliviar a dor, a anestesia deve priorizar a segurança da mãe e do bebê. Estudos recentes publicados no Journal of Obstetric Anaesthesia reforçam que a anestesia regional (raquidiana e peridural) é a mais segura para cesarianas, associada a menores taxas de complicações respiratórias e recuperação mais rápida.
“O parto é um evento único e deve ser planejado com informação clara e acompanhamento especializado. A consulta pré-anestésica diminui a ansiedade, esclarece riscos e garante que mãe e bebê estejam protegidos do início ao fim do processo”, completa Hugo Dantas.
Coopanest
A Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas da Bahia foi fundada em 2 de julho de 1985, inicialmente sob o nome Copas – Cooperativa dos Anestesiologistas de Salvador. Em 5 de agosto de 1991, com a ampliação de sua atuação para além da capital, passou a se chamar Coopanest-BA, congregando anestesiologistas de todo o estado. Ao longo de quatro décadas, a cooperativa permanece firme na defesa dos interesses de seus cooperados, oferecendo serviços de excelência reconhecidos nacionalmente, investindo em tecnologia e promovendo iniciativas que fortalecem a anestesiologia na Bahia. Mais informações: https://www.coopanestba.com.br/
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