Andrea Trindade
	 
	 
	Em seu discurso, o advogado Hércules Oliveira afirmou que Ana Cláudia está presa porque é negra e pobre. Ele lembrou que em São Paulo um promotor não foi condenado após alegar legítima defesa em um caso em que o mesmo matou com dez tiros um motoboy que parou próximo a ele, em uma sinaleira, para atender um aparelho celular. 
	 
	Hércules disse, ainda, que na cena do crime, que vitimou a estudante Suele, existiam dois estiletes, mas apenas um foi apresentado. “O estilete da vítima não foi apresentado, uma vez que a vítima também portava uma arma branca”, ressaltou o advogado alegando que a jovem agiu em legítima defesa.
	 
	A promotora, por sua vez, pediu a condenação da jovem por homicídio duplamente qualificado afirmando que o crime teve motivo fútil, além do fator surpresa, uma vez que a ré não deu a chance de a vítima se defender.
	 
	Ana e Suele eram colegas e teriam discutido dentro da sala de aula da Escola Municipal Antônio Carlos Pedreira, em São Gonçalo. O desentendimento continuou depois da aula, quando Ana atingiu Suele do lado de fora. Ela foi presa após denúncia anônima cinco dias depois do crime.
	 
	A motivação
	 
	Em entrevista ao Acorda Cidade, Izaltina Santos de Oliveira, tia da Suele, informou que Ana Cláudia agrediu a sobrinha dela por causa de um débito de R$ 2,00, oriundo da venda de uma calcinha. “As duas eram amigas e eu não sei que motivo maior levou Ana Cláudia a fazer isso”, disse.
	
	As informações são do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade