Feira de Santana

Corpo de biscateiro demora de ser removido e secretaria alega falta de comunicação

Denise Mascarenhas, secretária municipal de Saúde, disse que as pessoas precisam se informar de como proceder diante de uma situação de remoção de corpo em casos de morte natural.

Daniela Cardoso

Um corpo foi encontrado em um barraco no bairro Três Riachos, em frente ao hotel Pousada da Feira. A informação é que o biscateiro, Luiz Cléber de Souza, 38 anos, faleceu na madrugada de domingo (9) para segunda (10) e o corpo demorou de ser removido, chamando a atenção de curiosos.


 

Ana Célia, amiga do biscateiro, não soube informar o horário que ele morreu. “Ele estava internado, ficou mais de dois meses no Hospital Geral Clériston Andrade e depois apareceu operado. Eu dei ajuda a ele por uns 15 dias, ele ficou doente e da última vez que fomos dar café para ele, já o encontramos morto. Não sei o horário que ele faleceu”, contou.

Ana Célia disse que teve dificuldades para conseguir a remoção do corpo e afirmou que nenhum familiar do biscateiro apareceu. “Fiquei andando o dia todo, sem saber o que fazer, cada órgão me encaminhando para outro e não resolvi nada. Meu irmão correu atrás e somente à tarde o serviço da prefeitura veio buscar o corpo”.

Aldo Oliveira Amorim, que trabalha na secretaria de Desenvolvimento Social, informou que o serviço de remoção de corpo, só foi procurado após as 17h. “Eles já chegaram à secretaria no final da tarde. O biscateiro estava doente e descobriram que ele morreu no início da manhã. O corpo já estava em estado de decomposição”, informou.

Denise Mascarenhas, secretária municipal de Saúde, disse que as pessoas precisam se informar de como proceder diante de uma situação de remoção de corpo em casos de morte natural. Segundo ela, o Serviço de Verificação de Óbito (SVO) funciona das 7h às 18h, de domingo a domingo.

“Quando a morte ocorrer em horários em que os Postos de Saúde da Família (PFS) estiverem abertos, as pessoas podem se dirigir a essas unidades, onde serão orientadas. Quando for à noite, ou final de semana, a pessoa deve ir às policlínicas. Muitas vezes as pessoas não procuram as unidades e outras vezes não levam documentos. Os médicos não vão se não tiver tudo documentado”, afirmou.

 As informações são dos repórteres Paulo José e Ney Silva do Acorda Cidade.