Feira de Santana

Homem que estrangulou mulher no conjunto Feira X, roubou pertences da vítima; caso é considerado latrocínio segundo delegado

O suspeito também estrangulou a sobrinha da vítima, que desmaiou mas retomou a consciência e pediu socorro.

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Delegacia de Homicídios de Feira de Santana
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Na manhã do último sábado uma mulher identificada como Talita Lobo Santana, 35 anos, morreu após ser estrangulada dentro da própria casa. No momento do crime não haviam informações concretas, mas através das oitivas iniciais o titular da Delegacia de Homicídios, delegado Gustavo Coutinho, informou que todos os indícios levam a um crime classificado como latrocínio.

Mulher de 35 anos é morta por estrangulamento em Feira de Santana
Talita Lobo Santana – Foto: Reprodução

Em entrevista ao Acorda Cidade ele explicou sobre o que se sabe da dinâmica do crime. De acordo com as informações apuradas, o assassinato aconteceu após a vítima e o suspeito marcarem um encontro. O homem teria ido para a casa de Talita na sexta-feira (12) à noite, onde permaneceu até o dia seguinte.

“Segundo informações de vizinhos e parentes, ela acabou conhecendo um indivíduo através das redes sociais, aí marcou um encontro. Esse indivíduo foi até a casa dela, e permaneceu ali. Algumas vizinhas entraram na residência, inclusive viram ele lá, falou rapidamente com ele, deu boa noite. E a vítima estava com babydoll, estava à vontade no quarto”, explicou o delegado.

Delegado Gustavo Coutinho, titular da Delegacia de Homicídios de Feira de Santana
Delegado Gustavo Coutinho – Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Na manhã do dia seguinte, sábado (13), ela foi encontrada desacordada em cima da cama. Segundo o delegado a investigação chegou a informação de que após cometer o crime, o homem chamou um carro por aplicativo e levou diversos pertences da vítima.

“Esse indivíduo solicitou um Uber por volta das 10 horas da manhã e ele colocou no fundo um botijão, uma televisão grande de LED, levou também os celulares da vítima, um saco cheio de sapatos, relógios, alguns pertences, algumas bijuterias. Foi até a feira do rolo, ali próximo ao SAC, onde ele foi vender esses objetos”

Segundo o delegado, tudo indica que o suspeito é usuário de drogas e por isso teria cometido o crime de maneira tão fria.

“Por conta disso, acredita-se que ele, por ser usado de drogas, tenha cometido o crime para subtrair os pertences. O que conta é a motivação, então, esse crime aí vai configurar como um crime de latrocínio”

Um outro detalhe chama a atenção, no momento em que ele estava retirando os pertences da vítima de casa, uma sobrinha de Talita, de apenas 9 anos, chegou no local e perguntou pela tia, momento em que a criança também foi agredida pelo suspeito.

“A menina foi até o quarto tentou balançar a tia e viu que ela estava desacordada. O suspeito com medo da criança gritar ou pedir socorro, acabou ‘esganando’ também, apertou o pescoço da criança, ela desmaiou, então ele deixou a criança desmaiada sobre a cama e acabou saindo com esse Uber, de forma bem fria. A criança posteriormente recobrou a consciência, saiu e pediu ajuda”

Momento em que populares foram até a residência. A vítima chegou a ser levada para uma policlínica, mas não resistiu.

A polícia conseguiu, no mesmo dia, contato com o uber que fez a corrida do suspeito. Ele colaborou com a investigação descrevendo o comportamento do homem. 

“Nós tivemos contato com o motorista do Uber, ele colaborou bastante. O suspeito é um indivíduo alto, magro, de cor negra, tem uma tatuagem no antebraço direito, os dedos das mãos estavam bem escuros por causa do uso de drogas. O motorista perguntou o que era aquilo, e ele inventou uma desculpa, dizendo que tinha brigado com a esposa e estava levando os bens. Mas ele achou que era um passageiro comum, não desconfiou que era realmente um criminoso que tinha acabado de praticar um crime. Foi 10 horas da manhã, foi a primeira corrida dele”

Ainda no sábado (13) a polícia realizou diligências até o fim da noite trabalhando em investigações que apontassem a identidade e localização do suspeito.

“A polícia agora corre contra o tempo para tentar identificar esse indivíduo, correr atrás de outras câmeras de segurança, para podermos representar pela prisão preventiva e colocar atrás das grades”, pontuou o delegado.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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