Coronel PM Muller
Coronel Muller | Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

A Polícia Militar da Bahia (PM-BA) vai passar por uma reestruturação em Feira de Santana, com impacto direto nas suas companhias. Ao todo, seis unidades atenderão a cidade e outros 16 municípios da região, fortalecendo a presença da corporação no território. A mudança inclui a criação do 25º Batalhão da PM e a transformação do Pelotão de Emprego Tático Operacional (Peto) em Companhia de Emprego Tático Operacional (Ceto).

Entre as mudanças, a 67ª CIPM retomará o policiamento do bairro do Tomba e manterá sua área de atuação nos distritos de Feira e na cidade de São Gonçalo dos Campos, enquanto a 66ª CIPM será transferida para Conceição do Jacuípe (Berimbau), passando a cobrir também Amélia Rodrigues, Teodoro Sampaio e Terra Nova.

Apesar do bom desempenho dos policiais locais, haverá mudanças estratégicas nos quadros de comando. O coronel Müller, comandante do Comando de Policiamento da Região Leste (CPRL), destacou em entrevista ao portal Acorda Cidade que oficiais deixarão suas funções atuais para assumir novas missões, garantindo renovação sem perder experiência.

“Eu tenho aqui uma responsabilidade por comandar essa região. Eu e meu staff temos a plena consciência de que com essa reestruturação vamos ter uma Polícia Militar mais forte e quando o governo faz um investimento dessa natureza eu sei que eu vou ter que colocar isso para funcionar junto com o meu grupo o mais rápido possível e da forma mais intensa possível”, disse Müller.

Polícia Militar
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Mais fortes

Com a instalação do novo Batalhão da Polícia Militar, o 25º BPM, será necessária a criação de novos postos de trabalho, as chamadas funções de comando e de subcomando. Müller confessou que possui junto com sua equipe direta uma certa influência para a indicação desses oficiais que atuaram em postos estratégicos. O coronel tranquilizou a população ao afirmar que certamente os indicados terão competência e rigor técnico para desempenhar as funções.

“Eu asseguro de que nós indicamos com senso de responsabilidade pública, pessoas que têm gabarito para comandar a unidade em Feira de Santana ou qualquer outra do estado. Efetivamente estamos trazendo oficiais que vão agregar à Polícia Militar aqui em Feira de Santana e nos tornar ainda mais fortes”, disse o comandante ao Acorda Cidade.

Mudanças no time

Apesar de reconhecer que os policiais que atuam na região de Feira de Santana estão desenvolvendo um excelente trabalho, o coronel fez uma ponderação. “Time que está ganhando se mexe sim e mexe para buscar conquistas ainda maiores. Vamos fazer algumas mudanças pontuais nos comandos aqui na Feira e os oficiais que saem saem absolutamente prestigiados para funções novas.”

“Já conversei com todos que eu entendo que a conversa deve ser olho no olho, de que a gente chama o colega e diz: olha, você está mudando de função, eu estou lhe dando uma missão e essa missão é para a gente ajustar o time, aquela coisa no futebol, pegar o lateral esquerdo e oportunizar a jogada em meia esquerda e o cara se mostrar um jogador brilhante como já aconteceu em alguns casos no próprio futebol”, complementou Müller.

Mudanças internas

O coronel sinalizou em entrevista ao Acorda Cidade que, com a instalação do novo batalhão, novas estratégias estão sendo adotadas para configurar a atuação dos próprios policiais dentro do município. Müller adiantou que serão ao todo seis companhias servindo à cidade e mais outros 16 municípios, além da reformulação do Pelotão de Emprego Tático Operacional (Peto) que ganha musculatura e será transformado na Companhia de Emprego Tático Operacional (Ceto).

“A 67ª CIPM volta a ser responsável pelo bairro do Tomba, maior bairro de Feira de Santana, e eu não digo que ele ficou desguarnecido porque a 65ª CIPM vinha cuidando. Mas a relação de proximidade e até de identidade e pertencimento da 67 com o Tomba a gente quer retomar aquilo ali”, disse o coronel.

66ª de casa nova

Müller lembrou que a 66ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), que hoje atua em Feira de Santana, será transferida para Conceição do Jacuípe, cidade conhecida como Berimbau, e passará a cobrir também Amélia Rodrigues, Teodoro Sampaio e Terra Nova. A instalação oficial deve ocorrer dentro dos próximos dias após as nomeações. A expectativa é que todo o efetivo da 66ª CIPM, que hoje atua em Feira de Santana, vá para Berimbau.

prefeitura de Conceição do Jacuípe
Fachada do prefeitura de Conceição do Jacuípe | Foto: Jefferson Araújo

“Já tem o oficial indicado para assumir o comando, um oficial brilhante que já temos, já estamos conversando inclusive e já levei a notícia aos senhores prefeitos destes municípios de que o oficial vai assumir, vai ter todo o nosso apoio. Asseguro que é um oficial de primeira linha com essa grande incumbência de comandar um perímetro da BR-324 que faz em torno de Feira de Santana e vai servir como um cinturão de proteção para a grande metrópole”, disse Müller.

“As pessoas verão mais as nossas viaturas circulando e gradativamente a gente vai conscientizando sobre a nossa forma de pensar, em especial com a necessidade permanente de respeito com o cidadão, respeito com os pares, respeito do comando com o subordinado, essa relação de proximidade com minha tropa de que a gente os trata como tal qual filhos e filhas e isso a gente acredita que repercute na qualidade do serviço que é prestado e as pessoas vão se dar conta disso gradativamente”, complementou o coronel.

Cadê o Graer de Feira?

O comandante do CPRL aproveitou a oportunidade para esclarecer a dúvida de um ouvinte do programa Acorda Cidade que por muitas vezes é compartilhada por outros moradores de Feira de Santana: por que o município não tem uma própria unidade do Grupamento Aéreo da Polícia Militar da Bahia (Graer)?

“Uma estrutura como um Graer é na ordem dos milhões. É uma coisa muito cara e tecnicamente falando a informação que nós temos aqui da região leste é que por se tratar de estar muito próximo de Salvador uma aeronave sendo acionada em 20 minutos está aqui em Feira de Santana. Então o tempo de resposta do emprego do policiamento aéreo é muito rápido e não se justificaria você implantar uma aeronave de natureza”, concluiu o comandante.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão da jornalista Mariane Santana

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