Mais de 60 socos em uma mulher – essa foi a chamada que parou o país nas últimas semanas. Mas este não é um caso isolado.
Dados da 19ª Edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho mostraram que as estatísticas de feminicídio bateram o recorde da série histórica, com aumento de 0,7% de casos no ano de 2024 em comparação com 2023. No total, 1.492 mulheres foram assassinadas e oito em cada dez foram mortas por companheiros ou ex-companheiros.
A marca é alarmante: 64,3% dos crimes ocorreram dentro de casa. Esses dados repercutem no aumento da procura pelo Krav Maga, a modalidade de defesa pessoal que vem dando a elas uma chance de não se tornarem uma vítima. A técnica promove a elas o aumento da autoestima e a mudança na relação com o medo.
Segundo explica Grão Mestre Kobi Lichtenstein, presidente da Federação Sul Americana de Krav Maga e a maior autoridade da modalidade na América Latina, quando as mulheres percebem que, a partir do treinamento com profissionais habilitados, elas ganham técnica e controle emocional, elas mudam sua postura diante de ameaças e se tornam capazes de defender a sua vida e de seus filhos”. Hoje, 30% dos alunos da Federação Sul Americana de Krav Maga são mulheres.
Como funciona o treinamento
Nas aulas de Krav Maga, ministradas por profissionais habilitados, elas aprendem sobre a filosofia do Krav Maga – que é uma técnica puramente de defesa e não de competição.
Elas também treinam as técnicas que apresentam respostas simples, rápidas e objetivas para cada tipo de ameaça a ou agressão. Os treinos trabalham tanto a parte física, quanto a parte mental/emocional do praticante, para que ele tenha total controle de suas emoções e reações em caso de violência ou ameaça.
“O Krav Maga foi criado por Imi Lichtenfeld, na década de 40, para que qualquer pessoa, independentemente de seu sexo, idade ou força física, pudesse se defender de agressões vindas de uma ou mais pessoas, armadas ou não”, explica Grão Mestre Kobi.
Ele completa: “este ano, o Krav Maga Mestre Kobi completa 35 anos no Brasil e tem ajudado muitas mulheres, tanto a melhorar a condição física, quanto no aumento da autoestima e da autoconfiança”.
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