A Câmara de Vereadores de Feira de Santana celebrou a véspera do início da segunda etapa do ano legislativo com um “Momento Especial de Fé”. O evento, que ocorreu na manhã desta segunda-feira (4) funcionou como um grande encontro onde parlamentares, servidores e membros da sociedade puderam expressar seus sentimentos.
“Aqui não é placa de igreja ou religião. Todos que estão aqui têm a sua própria religião mas o principal foco é colocar nas mãos de Deus a cidade de Feira de Santana. Esse foi o principal motivo de estarmos reunidos em um momento de paz, alegria, felicidade, tanto com os vereadores que estão presentes, como também com os servidores desta casa, que são quem, de verdade, faz acontecer os trabalhos aqui”, disse o presidente da Câmara, vereador Marcos Lima (União Brasil).
Na pauta
Os trabalhos na Câmara serão retomados oficialmente a partir da sessão desta terça-feira (5), a primeira realizada após o recesso parlamentar. Entre os assuntos mais quentes que devem ser votados neste 2º tempo do ano legislativo está o orçamento municipal para 2025.
“O prefeito está finalizando o orçamento, que é algo importante, e nós queremos votar com muita seriedade, não deixar como foi feito em gestões anteriores, de um ano para outro. Nós vamos tentar o máximo possível, passando por todos os trâmites legais, as comissões, e vamos colocar o mais rápido possível em votação, porque entendemos que o orçamento é algo que vai gerir a cidade e trazer crescimento e desenvolvimento para a cidade”, disse o presidente.
Falando em passado
Ao ser questionado sobre o andamento da obra de reforma do prédio anexo da Câmara, o presidente explicou que a unidade já passou por uma auditoria, cujos resultados foram amplamente divulgados, e que a nova mesa diretora convocou por três vezes a empresa responsável pela obra para que ela pudesse retomar as atividades, o que, até o momento, segundo Marcos Lima, não aconteceu.
“O Ministério Público (MP) nos acionou, e nós levamos para o conhecimento deles o resultado da auditoria que foi feita. Levamos as documentações, levamos a convocação que fizemos da empresa para poder retornar, e ela não retornou. Ficou certo de o MP convocar a empresa para poder buscar justamente o retorno; caso a empresa não retorne, o próprio Ministério Público fará os encaminhamentos necessários”, disse o presidente da Câmara.
“Na auditoria, ficou comprovado que houve um valor de quase um milhão e meio que foi pago a essa empresa, e ela não executou os serviços. Então, nós solicitamos que ela retornasse para poder finalizar e entregar o que foi pago pela Câmara Municipal, o que não foi realizado. Não foi encontrado o gerador [no valor de cerca de R$ 100 mil], ainda não foram encontrados alguns aparelhos de ar-condicionado, portas de blindex. Eles alegam que isso só seria colocado no final, mas foi pago, e eu precisava ver esse material; não tenho visto nem no prédio anexo nem em outro local”, complementou Lima.
Pinga-fogo
Apesar de não ter sido citada nominalmente, o Acorda Cidade procurou a vereadora Eremita Mota (PP), parlamentar que era presidente da Câmara no período em que a empresa para fazer a reforma do prédio anexo foi contratada. A respeito das declarações do atual presidente, Eremita afirmou que, após a coletiva em que Marcos Lima revelou ter encontrado problemas na conduta da empresa, ela solicitou formalmente, por três vezes, que ele enviasse para ela o relatório final da auditoria que foi realizada no prédio.
“Eu pedi a ele que enviasse qual foi a inconsistência encontrada. Eu pedi a ele, por escrito, que ele mandasse dizer o que estava acontecendo; ele nunca me respondeu, nunca me mandou esse tal relatório. Porque, enviando, a pessoa senta, esclarece e tira dúvidas. Eu espero que ele pegue essa comunicação que eu mandei e que ele responda”, disse Eremita.
A vereadora afirmou que tudo o que a gestão dela deveria fazer foi feito e que, assim como em todos os outros aspectos, tudo o que deveria ser passado em relação ao andamento da obra do prédio anexo foi devidamente comunicado.
“Tudo o que foi comprado, eu tenho conhecimento, mas eu preciso ver o que é que ele quer para depois eu me pronunciar. Porque, se eu falar uma coisa: ‘isso aqui não ficou pago’ ou ‘isso aqui ficou’, ele vai dizer que não ficou, e vai ficar aquele disse me disse. Eu prefiro que ele me diga o que ele encontrou, encontrou coisa errada, me dê por escrito, porque aí eu vou juntar até a imprensa e vou fazer meu esclarecimento”, concluiu Eremita.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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