Após três anos, familiares e amigos continuam pedindo respostas para a trágica morte das vítimas Williane, Ronald e Rafael. Nesta manhã de quinta-feira (31), o grupo fez mais uma manifestação para pedir justiça para as vítimas do acidente que ocorreu em 2022, na Estrada de Jaíba, em Feira de Santana.
Entre elas, uma criança morreu: Ronald Soares dos Santos, de 7 anos, a irmã dele, Wiliane Azevedo de Jesus, de 16 anos, e o namorado da jovem, Rafael dos Santos Gonçalves, de 17. O protesto aconteceu em frente ao Fórum Filinto Bastos. Com cartazes, camisetas com fotos das vítimas e frases de saudade, eles pediram respostas.
Relembre o caso
A colisão aconteceu no dia 31 de julho de 2022 e envolveu duas motocicletas e um carro na BA-503. Na época, o condutor do veículo foi apresentado no Complexo de Delegacias com suspeitas de embriaguez. Ele foi identificado como um açougueiro, de 23 anos, morador de Conceição de Maria.
A mãe de uma das vítimas, Antônia dos Santos Gonçalves, estava em casa no momento do acidente. Ela soube por uma ligação que o filho, Rafael, havia falecido no acidente. Emocionada, ela relembrou o momento.
“Rafael foi comprar um lanche e nesse lanche ele acabou perdendo sua vida. Ele, a namorada e o irmão da namorada. O condutor na época foi identificado, preso em flagrante, levou 87 dias mais ou menos preso e está solto; os meninos que estão presos em uma prisão que não tem chave, não tem porta”, disse a mãe.
Para Antônia, três anos significam tempo de descaso, sofrimento e saudade. “Uma data que para nós são três dias, porque a gente entra em casa, sente falta de nossos filhos, sente falta da convivência, de tudo dele e até hoje não temos nenhuma resposta da justiça”, afirmou.
Segundo a mãe de Rafael, a família recebeu informações em 2023 de que o responsável pelo acidente iria a júri popular, mas até hoje não tiveram mais respostas. “Não temos nenhuma resposta, nem de advogado, nem de juiz, nem de promotor.”
A mãe de Williane e Ronald lembrou que, se ela estivesse viva, estaria completando este ano, 19 anos, e o menino estaria com 10. “Para mim, esses três anos são como se fossem hoje. Eu não paro de pensar em meus filhos. Ele não destruiu só os meus filhos, ele destruiu a mim e o irmãozinho que ficou vivo”, contou Carla Soares Azevedo.
“Assim como foi minha família que ele destruiu, um indivíduo desse está aí solto para destruir outra família. E eu vim aqui hoje atrás de justiça e que Dona Márcia [Luíza] deu uma solução, porque não é fácil conviver com a dor. Já fizemos várias manifestações no local do acidente, no Ministério Público e hoje mais uma vez. A gente não esqueceu”, completou a mãe.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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