Secretário participa do Bando Anunciador e destaca importância da luta contra privilégios e desigualdades

O secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas, participou neste domingo (6) do tradicional Bando Anunciador, manifestação cultural de grande relevância histórica e simbólica para a cidade de Feira de Santana, sua terra natal.

Acompanhando de perto a festa, que reúne blocos irreverentes, críticas sociais e expressões artísticas nas ruas do centro da cidade, o secretário destacou a força do Bando como espaço de celebração, resistência e mobilização popular.

“O Bando é uma manifestação cultural que reúne a alegria do povo e as lutas por direitos. É muito importante que o poder público atue garantindo a estrutura da festa e as condições para a participação democrática, mas também acolhendo as justas reivindicações populares. É uma oportunidade do povo, de maneira bem-humorada, dizer o que quer em suas comunidades”, afirmou Felipe Freitas.

Com uma programação marcada pela criatividade e pelas pautas sociais, o evento deste ano contou com diversas manifestações contra as desigualdades e em defesa da justiça social, temas centrais do debate público nacional, e para a atuação da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH).

“Este ano, foram muitas manifestações contra as desigualdades e a favor da justiça social. É excelente que um tema tão importante esteja sendo pautado numa festa popular”, ressaltou o secretário sobre a importância das expressões culturais como instrumentos legítimos de participação cidadã na luta por direitos.

Memória e resistência

O Bando Anunciador é uma das manifestações culturais mais antigas de Feira de Santana. Surgido no século XIX como um cortejo popular que saía às ruas, aos domingos de julho, para anunciar a Festa de Santana, padroeira da cidade, o Bando sempre teve caráter espontâneo, marcado por irreverência, sátira política e participação popular.

Com o passar dos anos, o evento passou por interrupções e retomadas. Durante o regime militar, por exemplo, chegou a ser proibido. Somente em 2001, por iniciativa da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), o Bando foi retomado com força, agora como símbolo da memória coletiva, da resistência cultural e do direito à expressão livre.

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