Feira de Santana

Polícia investiga se houve facilitação na fuga de detentos do Conjunto Penal de Feira de Santana

Segundo o delegado, os três detentos também disseram no depoimento que pularam os muros sem auxílio de nada.

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fuga de presos do Conjunto Penal de Feira de Santana
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Os três detentos que fugiram do Conjunto Penal de Feira de Santana na madrugada desta quarta-feira (25) já foram ouvidos pelo delegado João Rodrigo Uzzum, titular da 1ª delegacia, após serem recapturados pelas Polícias Militar e Penal. Ao Acorda Cidade, o delegado informou que eles disseram que não contaram com ajuda na fuga, mas a Polícia Civil segue investigando.

“Eles informaram que após solicitar socorro para um colega de uma cela ao lado, eles sacudiram a grade com força para chamar atenção e passado um tempo, eles verificaram que a cela estava aberta. Então, na madrugada, eles passaram para a área externa, depois pularam o primeiro muro, e em seguida, pularam o segundo muro. Os três negaram que houve qualquer facilitação, mas vamos aguardar o laudo e também seguir ouvindo os depoimentos”, frisou.

delegado joão rodrigo uzzum 
fuga presos
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Segundo o delegado, os três detentos também disseram no depoimento que pularam os muros sem auxílio de nada. Um deles, inclusive, quebrou dedos dos pés, e outro apresenta lesões de queda. Uzzum analisa que é preciso melhorias na segurança do Conjunto Penal.

“Há uma ausência dos policiais nas guaritas, há necessidade de câmeras, hoje existem recursos tecnológicos que são possíveis de serem implementados, inclusive com a economia de pessoal. Talvez tenha que se verificar esses aspectos”, afirmou.

Polícia Civil segue investigando

O delgado destacou que outra equipe da Polícia Civil segue no presídio ouvindo outros detentos, além de funcionários e, informou que, as investigações vão ser presididas pela 1ª Delegacia.

“Vamos analisar as condutas para verificar se houve facilitação da fuga para poder concluir o procedimento e mandar para justiça”, afirmou. Uzzum esclareceu ainda que a fuga do preso não consiste um delito na legislação penal brasileira. Segundo ele, o delito consiste na facilitação.

“Isso para mim é um erro. Mas a fuga consiste apenas numa falta de natureza disciplinar, então vamos comunicar isso a Vara de Execuções Penais para que o juiz tome as medidas administrativas. O delito consiste na facilitação, ou seja, alguém que tenha ajudado na fuga será responsabilizado no âmbito penal. Estamos investigando se houve essa facilitação, foi realizada perícia e estamos ouvindo várias pessoas”, disse.

Quem são os detentos

Os fugitivos foram identificados como Wendson Fiuza de Jesus, conhecido como “Bê”, de 24 anos, que cumpre pena em regime fechado por roubo e está em sua segunda entrada no sistema prisional; Valdemir Ferreira dos Santos, o “Kiko” ou “Sobrancelas”, de 26 anos, preso por roubo e homicídio; e Cleyton Gustavo dos Santos Bento, também de 24 anos, preso por roubo. Os dois últimos cumprem pena em regime fechado e estão em sua primeira entrada no presídio.

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Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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