Feira de Santana

Tia de bebê morto após atendimento em policlínica pede justiça: 'Isso não pode ficar assim'

Tailede estava acompanhada do pai do bebê, Bruno Oliveira, que tem 18 anos. Ele contou que a criança estava sentindo febre e diarreia e foi levado para a policlínica, onde uma injeção de Dipirona foi aplicada.

Daniela Cardoso
 
Tailede Oliveira Cunha, tia do bebê Brenno Henrique Santos Oliveira, de um ano, que morreu ontem (8) após ter sido atendido na policlínica do conjunto George Américo, em Feira de Santana, disse ao Acorda Cidade na manhã desta quinta-feira (9) que houve negligência médica e cobrou justiça. 
 
“Isso não pode ficar assim. Eu também tenho uma filha pequena e várias crianças morrem por negligência médica. Meu sobrinho era pequeno, só tinha um ano. Ele foi para o médico para ficar bom e acabou morrendo. Foi aplicado um remédio errado no meu sobrinho. Eu só quero justiça, só isso.”, disse emocionada.
 
Tailede estava acompanhada do pai do bebê, Bruno Oliveira, que tem 18 anos. Ele contou que a criança estava sentindo febre e diarreia e foi levado para a policlínica, onde uma injeção de Dipirona foi aplicada. 
 
“Tinha uns quatro dias que ele estava com essa febre. Quando chegamos à policlínica, deram uma injeção e mandaram a gente ir para casa. Quando chegamos, demos um banho nele e fomos dormir. No outro dia pela manhã coloquei o meu filho em cima de mim, onde ele morreu de um jeito estranho, babando. Ele não suportou a injeção”, afirmou. 
 
Bruno disse que retornou à policlínica com a criança, onde foi informado que Brenno estava morto. “Conversamos com a médica e ela disse que a morte não foi culpa dela e sim incompetência da gente. Pedimos que fizessem exames para saber os motivos da morte, mas a médica disse que não precisava. Nós vamos prestar uma queixa”, ressaltou.  
A secretária municipal de Saúde, Denise Mascarenhas,  informou que uma sindicância vai apurar o fato. O grupo é  formado por um advogado, um médico,  dois enfermeiros e um assistente administrativo e deve concluir os trabalhos no prazo de 20 dias.
 
“A criança morreu em casa e, inclusive, estava  mais de sete dias com febre, diarreia e vômito. Só vamos poder emitir qualquer juízo de valor após a divulgação do laudo do Departamento de Polícia Técnica e do relatório da comissão”, disse.
 
Denise afirma que quando atendida, a criança foi medicada com dipirona pelo médico plantonista e que não foi observado  nenhum procedimento que chamasse a atenção. O bebê residia no George Américo.
 
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade