Apresentadora do SBT diz que vai processar filósofo que desejou que ela fosse estupradaApresentadora do SBT diz que vai processar filósofo que desejou que ela fosse estupradaApresentadora do SBT diz que vai processar filósofo que desejou que ela fosse estupradaApresentadora do SBT diz que vai processar filósofo que desejou que ela fosse estuprada
A apresentadora do "Jornal do SBT", Rachel Sheherazade, acusa o professor de Filosofia Paulo Ghiraldelli Jr. de ter estimulado pela internet a violência contra ela, expressando o desejo de ver a jornalista ser estuprada. As mensagens apareceram no perfil de Ghiraldelli no Facebook na última quinta-feira (26), pedindo para que Sheherazade fosse violentada. Todas foram apagadas depois e o professor diz ter sido vítima de hackers. A jornalista ameaça processar o professor.
"Sr. Ghiraldelli, liberdade de expressão termina onde começam calúnia, difamação, ameaça e incitação ao crime! Vai aprender isso num tribunal!", escreveu a apresentadora em seu perfil no Twitter. No Facebook, ela pediu ajuda para denunciar a página de Ghiraldelli. "Se há algum representante do MP, sugiro uma ação penal por incitação a crime. Por favor compartilhem esse conteúdo e o façam chegar as autoridades competentes", escreveu.
Os comentários de Rachel têm se destacado pelo conteúdo conservador. Ela já defendeu o deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP). Em seu último editorial, ela falou sobre como Jesus era esquecido nas comemorações do Natal.
À Folha Online, o professor negou ser o autor das mensagens. Ele ensina Filosofia na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). "Eu não tenho absolutamente nada contra aquela moça. Conheço o trabalho dela, sei quem ela é, mas jamais escrevi nenhuma frase contra ela", garante.
Ele disse que não teme processos na Justiça, mas se irritou com a polêmica envolvendo seu nome. "Minha carreira de 40 anos e meus livros não valem nada? O que vale é um Twitter que nem posso comprovar se fui eu que escrevi ou não? Se eu for processado, vou lá no tribunal, respondo. Se for condenado, pago uma cesta básica e pronto. Não vai acontecer absolutamente nada. É o milésimo processo que eu vou tomar", disse.
O professor afirmou que as postagens não condizem com seu pensamento, de defensor das minorias. Outras mensagens antigas nas contas com nome do professor também ironizavam a apresentadora, mas Ghiraldelli negou autoria destas também. Ele costuma usar o nome "Rachel Sherazedo" para se referir à ancora nas redes sociais. Uma das postagens traz a foto de Rachel com a legenda: "braço de Feliciano na TV".
"Quando recebi o recado dela no Twitter, duvidei que era ela de verdade. Sou um simples professor de filosofia, um coitado, completamente desconhecido do mundo. E de repente uma jornalista da televisão querendo me caçar? A maneira com que ela me abordou não foi normal", diz. "Eu não gosto desse tipo de brincadeira (sobre estupro). Não é do meu feitio. Embora não ache que se deve censurar humorista, caçar gente por aí".
Apesar de garantir não ser o autor das mensagens, o professor diz ainda que "jogar praga não é crime". "Vamos supor que tivesse sido eu. Primeiro que não tem o nome dela. E ainda que ela vista a carapuça, nada me impede legalmente de desejar mal a uma pessoa. Jogar praga não é crime", acredita.
Ele chegou a pedir desculpas à ancora, dizendo que em partes se sente responsável pelas mensagens, como "quem é o dono do carro e o carro bate". "Já pedi desculpa, se ela aceitar ou não, problema dela. Fiquei contente porque apareci bastante, vou vender mais meus livrinhos", ironizou. A jornalista não se manifestou sobre o caso.
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