Feira de Santana

Pela primeira vez, casamento coletivo oficializa união homoafetiva em Feira de Santana

A cerimônia foi realizada na tarde desta terça-feira (17) no Fórum Desembargador Filinto Bastos.

Daniela Cardoso
 
Pela primeira vez, o casamento coletivo, realizado todos os anos em Feira de Santana, oficializou a união de duas pessoas do mesmo sexo. O professor de Biologia John Erliton Simão dos Santos, 27 anos, e o professor de dança Fábio Luiz Freitas Messias, 30, se casaram na tarde desta terça-feira (17) no Fórum Desembargador Filinto Bastos.
 

Fábio e John já estão juntos há cinco anos. O desejo de casar já existia, mas, sem fazer planos para realizar a cerimônia este ano, o casal viu no casamento coletivo uma oportunidade para a concretização do sonho.
 
“Queríamos casar, mas não tínhamos como fazer isso devido à lei. Quando saiu a notícia de que poderíamos casar, o desejo ficou mais forte, mas não planejamos isso para 2013. Quando ficamos sabendo do casamento coletivo, resolvemos nos inscrever”, contou o professor de dança ao Acorda Cidade.
 
A mãe de Fábio, Denise Freitas, sempre o apoiou, e na hora do casamento não poderia ser diferente. Os planos eram que mãe e filho casassem na mesma cerimônia, mas devido à indefinição de horário, a mãe de Fábio se casou na cerimônia realizada na manhã de hoje na Estação da Música. 
 
“Minha mãe também sempre me apoiou. Ela nos apoia e entende nossa decisão. Isso nos fortalece. Ela se inscreveu no casamento coletivo e pensava em casar junto com a gente, mas o horário da nossa cerimônia só foi definido às 11h de hoje”, contou.
 
Sobre a realização da cerimônia ter sido separada do casamento dos casais heterossexuais, Fábio disse que conversou com o secretário de Desenvolvimento Social, Ildes Ferreira, e que foi informado que o motivo seria para dar mais destaque. “Ele disse que era para a gente não ser mais um no meio da multidão, mas eu acho que não”, disse. 
 
Ao Acorda Cidade, o secretário Ildes confirmou que a cerimônia foi realizada separada para que tivesse mais destaque. “Já houve casamentos entre pessoas do mesmo sexo em Feira, mas no casamento coletivo foi o primeiro. É um direito, está na lei”, ressaltou.