Mais um dia: cratera de 5 metros na Av. Fróes da Mota ainda não foi solucionada

O surgimento de uma cratera em uma estrada marginal da BR-116, em Feira de Santana, transformou-se em um ímã de problemas para moradores do local. O buraco, que fica localizado em um trecho da Avenida Eduardo Fróes da Mota, no bairro Gabriela, tem cerca de cinco metros de profundidade e provocou a interdição completa da via.

Acredita-se que o buraco possa ter surgido a partir de um vazamento em uma tubulação na área que hoje abriga a cratera. Por conta do bloqueio da estrada, todo o fluxo de veículos, que normalmente passa por ali, foi obrigado a ser distribuído em ruas próximas, o que está provocando o primeiro grande problema: o congestionamento.

“O tráfego aqui é pesado, é bem movimentado e, com esse desvio, ficou muito difícil fazer entregas. Está tudo engarrafado e, nos horários de pico, é um tumulto, um buzinaço, uma agonia, uma falta de paciência dos condutores”, disse o motorista Paulo César, que utiliza frequentemente a estrada interditada para fazer entregas de materiais de construção.

A marginal é utilizada com bastante frequência por moradores que saem de bairros populosos como Pampalona, Sobradinho, George Américo e Gabriela em direção ao centro comercial. Para o morador Luiz Silva, a existência de um buraco com dimensões relevantes em uma via tão importante comprova o segundo grande problema: o descaso.

“O caso é sério aqui. A gente já estava prevendo isso, nós moradores, estamos observando há muito tempo esse local. A gente acha que, dentro de um ano, tem que fazer uma revisão quando faz uma intervenção na pista e o Dnit [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes] às vezes não cumpre com o que ele mesmo determina”, disse Luiz.

O morador afirmou que a Embasa, empresa responsável pelo abastecimento de água e esgotamento sanitário na Bahia, já estava fazendo uma intervenção no local e espera que o serviço seja concluído o mais rápido possível.

Luiz afirmou que, agora, com a expectativa de que o problema seja resolvido, ou seja, que a cratera seja tampada, surge o terceiro grande problema: o medo da execução do serviço. Ele afirmou que as máquinas pesadas utilizadas em serviços em rodovias acabem comprometendo a estrutura de residências próximas.

“A preocupação é grande, porque quando eles vêm fazer o serviço, trazem as máquinas, e as máquinas, quando começam a trabalhar, provocam rachaduras nas casas da gente. Nem o Dnit, nem a Prefeitura, nem órgão nenhum do Estado, como a Embasa, vêm suprir a deficiência da gente”, concluiu o morador.