O Governo Municipal encaminhou para a Câmara de Vereadores de Feira de Santana, o Projeto de Lei que propõe reajuste de 5.53% nos salários dos servidores do município. Segundo José Carneiro Rocha (União Brasil) representante do governo municipal na Câmara, a expectativa é que o projeto seja aprovado apesar do valor ser abaixo do que a categoria da educação sugeriu.
“O governo está fazendo um grande esforço para conseguir apresentar o projeto com um percentual dentro daquilo que a gente acredita que o município está em condição de apresentar, claro que divergindo um pouco com algumas categorias que queriam 6.27, por exemplo, mas a diferença da proposta do governo para a reivindicação dos professores gira em torno de 0.8%. Um percentual muito aquém daquele que a gente imagina para se criar paralisações como já vi representantes de sindicato fazendo.”
José Carneiro acredita que não há motivos para conflitos por parte das categorias. “Lamento que o radicalismo esteja presente porque não vejo razão pra isso. O governo tá apresentando a proposta e será discutida e debatida e não é necessário no meu ponto de vista antecipar os fatos, como antecipou a APLB.”, declarou.
Oposição contesta a proposta feita pelo município
Por outro lado, o vereador Silvio Dias (PT) contesta o aumento proposto. Segundo Silvio “historicamente Feira de Santana sempre deu aumento aos professores corrigindo pelo piso salarial, hoje o prefeito inova e reduz esse aumento. Isso vai achatando os salários. Para explicar melhor, nós temos um piso salarial que é o mínimo que é pago, grande parte dos professores de Feira de Santana recebem acima desse piso, então se você tem um aumento de 6.27% no piso, pra manter o poder de compra de todos os outros que ganham acima você tem que também dar esse aumento para toda categoria.”
Para Silvio Dias, a frequência desse tipo de prática vai resultar em um achatamento a longo prazo onde os salários podem se igualar. “Pra manter o poder de compra a gente tem que pegar o mesmo aumento que é dado na base e aumentar tudo, senão o que que vai acontecer é aquele que ganha um pouco a mais, daqui uns dias vai tá ganhando a mesma coisa que base.”, contestou.
Sobre a diferença entre o que foi pedido pela classe de professores e o valor proposto pelo município, o vereador ressaltou que manter o mesmo padrão de aumento do ano passado seria o ideal.
“Eu concordo com José Carneiro, 0.8% é pequeno para o município, porém é grande para um professor que já ganha pouco, é um valor que vai fazer falta e o município poderia dar sim esse aumento seguindo o padrão do ano passado, que já foi feito da mesma forma.”
Silvio Dias ressaltou que será instaurada uma emenda, para tentar corrigir esse percentual. “espero convencer aqui os outros vereadores da importância da necessidade de fazer isso, tem mais, é importante também que o prefeito reveja sua posição em relação aos agentes comunitários de saúde e agentes de combate à endemias, ele também não deu aumento real a essas categorias. Então nós teremos aqui uma discussão ampla na Câmara e com isso trazer aqui as categorias para discutir junto com os vereadores aquilo que é interesse para as categorias.” concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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