O trânsito de Feira de Santana é motivo de reclamação constante entre condutores que transitam pela cidade. Circular em avenidas de grande movimentação é um desafio, especialmente em horários de pico. Com foco no Maio Amarelo, o superintendente municipal de trânsito, Ricardo Cunha, destacou os desafios para ordenar o trânsito na cidade. Segundo ele, Feira de Santana possui 350 mil veículos registrados.
De acordo com o superintendente, a quantidade de veículos na cidade é um dos problemas no ordenamento do trânsito.
“As vias não podem ser alargadas, não podem ser modificadas e nosso maior problema é a quantidade de veículos, temos quase um veículo por adulto. Feira é um grande centro comercial, muitos veículos de outras cidades passam por aqui. Estamos intensificando a contagem para identificar e mapear quantos veículos passam na Getúlio Vargas, na Noide Cerqueira, para a gente entender o que precisa de modificação e o que precisa fazer de travamento para que mais veículos não entrem nessas vias”.
Recursos
O superintendente também falou sobre os recursos da SMT, que é uma autarquia e tem recursos próprios, recolhidos através de multas. Ele frisou que todo dinheiro que entra através das multas, precisa ser destinado para ações do trânsito. “A gente quer que um dia não precise mais autuar, não encontre mais infrações de trânsito. Nesse dia a prefeitura vai precisar ajudar a SMT pagando suas despesas. Sem aplicação de multas não teria caixa na SMT”, afirmou.
Segundo Ricardo Cunha, atualmente a SMT ainda não é autossuficiente. Ele informou que em março deste ano a Superintendência arrecadou R$ 800 mil, sendo que o valor necessário apenas para pagamento da folha é de R$ 1,5.
“A gente não está priorizando as multas, nosso foco é ordenar o trânsito. Nós temos 106 agentes de trânsito e a folha de pagamento da chega em cerca de R$ 1,5, somente com despesa de pessoal. Tem ainda despesas com veículos alugados, fardamento, água, manutenção dos semáforos, sinalização, as despesas são inúmeras”.
Sinalização
O superintendente Ricardo Cunha analisa que Feira de Santana não é uma cidade sinalizada. Ele afirmou que o prefeito José Ronaldo lhe deu a missão de sinalizar os bairros e o centro, mas que ao assumir a gestão descobriu que não havia uma empresa licitada para fazer o serviço.
“Sinalizaremos toda essa cidade. Essa é a máxima do prefeito. Tomamos um banho de água gelada, porque quando chegamos não tinha uma empresa licitada, mas está mais perto do que longe de iniciarmos esse processo”, garantiu.
Radar
Com relação aos radares na cidade, Ricardo Cunha afirmou que eles são necessários para disciplinar o trânsito em vias de grande movimentação.
“Radar é para limitar a velocidade máxima permitido na via. O limite é definido por estudos técnicos e os principais estão em vias que tem um fluxo grande de veículos. Tem vias que não vão sobreviver sem radar. A rua Francisco Rubens Dias, por exemplo, no Papagaio precisa urgente de radar, é uma necessidade para disciplinar o trânsito”.
Ações na zona rural
Ricardo Cunha também garantiu que a zona rural de Feira de Santana está sendo assistida pela SMT com ações para melhorar a segurança no trânsito. “Colocamos um radar na Estrada do Rosário, próximo ao colégio Ambrósio Bispo Araújo, porque entendi que ali tem um risco grande para as crianças. Fizemos um estudo e colocamos esse radar”.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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