Moto no trânsito brasileiro é uma realidade irreversível neste momento e, portanto, garante Gildson Dantas, engenheiro especializado em Tecnologia de Veículos Automotores, os “motoristas de carros têm que estar mais atentos à frente, ao que vem atrás e aos lados do seu veículo, pois a motocicleta fica invisível em várias situações no trânsito. Já o motociclista tem que ficar mais atento, pois o veículo dele é menor, menos notado e com menos itens de segurança, portanto, mais vulnerável”.
O especialista, que foi o moderador da mesa-redonda “Riscos à Saúde dos Motociclistas”, no último dia 1 de novembro do 8º Congresso Brasileiro Trânsito e Vida e 4º Internacional, realizado em Salvador, garantiu que “a única saída é a procura da harmonia entre motoristas e motociclistas”.
Dantas também explicou o porquê de as motos terem um crescimento de frota de 246% em apenas uma década, muito embora, seja um veículo cujos riscos de acidente são 14 vezes maiores que um automóvel, segundo estudo da Universidade de Brasília (UnB).
“Primeiro, a moto é mais barata. Segundo, gasta muito menos combustível. E, terceiro, é o único veículo motorizado que vence os engarrafamentos crônicos das cidades brasileiras” e aí foi lembrado que no Brasil a moto é mais ágil porque somos um país onde a moto se movimenta de maneira desordenada, porque nos Estados Unidos e em todos os países desenvolvidos, motocicleta tem que andar atrás dos carros, não pode andar entre os carros formando um corredor irregular. Por isso, nos EUA os acidentes com motos são infinitamente menos numerosos do que aqueles que acontecem com automóveis. No Brasil, ocorre exatamente o contrário.