Feira de Santana
Escola municipal é arrombada duas vezes em menos de 10 dias; insegurança assusta alunos
A vice-diretora, Márcia Bezerra, afirmou que os ladrões chegaram a fazer um lanche na cozinha da escola.
Daniela Cardoso
O clima de insegurança está assustando alunos da escola municipal Doutor João Duarte Guimarães, no bairro Limoeiro, em Feira de Santana. Em menos de 10 dias a instituição foi arrombada duas vezes. A vice-diretora, Márcia Bezerra, afirmou que os ladrões chegaram a fazer um lanche na cozinha da escola. “Isso mostra a liberdade e o tempo que eles tiveram”, observou.
A vice-diretora contou que os arrombadores entraram pela janela da secretaria e levaram dois CPUs, um monitor e um estabilizador, além do forno que ficava na cozinha. Na semana passada, os bandidos levaram dois botijões de gás e um microondas.
“Isso prejudica o andamento das atividades da escola, pois todos os arquivos dos alunos que estavam nos computadores foram perdidos. Outro problema é que estamos sem botijões e não temos como preparar a merenda dos alunos”, afirmou.
Márcia Bezerra disse que os professores da escola vão até a secretaria de Educação pedir uma vigilância para o local. “Se não tiver segurança, não teremos como trabalhar. Aqui não tem vigia e principalmente durante a noite ficamos com medo”.
Os estudantes também reclamam. Larissa de Jesus Santos, 12 anos, disse que tem sido difícil estudar na escola devido à insegurança. “Aqui não tem polícia e os alunos correm risco de serem assaltados, tanto na entrada como na saída da aula. Uma colega minha já foi assaltada e levaram o celular dela”, contou.
Outra estudante, Lara da Silva, observou que o muro da escola é muito baixo. Ela disse que foi assaltada três vezes nas imediações do colégio. “A situação é complicada e a gente tem até medo de vim para a escola”.
Insegurança no bairro
A professora Hermínia Oliveira, que além de ensinar na escola é moradora do Limoeiro há mais de 40 anos, informou que o bairro está perigoso de modo geral. Ela afirmou que os moradores já estão com medo de sair de casa.
“Eu nunca vi esse bairro em uma situação como essa e fico triste com isso. Precisam olhar mais por esse bairro. O posto policial daqui foi desativado e só vejo uma viatura aqui parada de vez em quando, mas é muito difícil encontrar um policial”, afirmou.
As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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