Os dados fazem parte do Relatório para a Liberdade de Imprensa 2012-2013, lançado pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) durante a 43ª Assembleia Geral da Associação Internacional de Radiodifusão (AIR), que começou segunda-feira (14) e prossegue até amanhã, no Rio de Janeiro. O documento informa ainda que, nos últimos 12 meses, cinco jornalistas foram assassinados no país.
“O aumento exponencial está atrelado aos protestos que começaram a partir de junho. As agressões vieram de ambos os lados. De uma minoria que se misturou a uma multidão pacífica que estava protestando e começou a depredar bens públicos e privados e atingir os veículos e profissionais de imprensa. Mas também veio da repressão policial, o que nos obriga a uma reflexão sobre o Estado como garantidor de uma das principais liberdades e um dos pilares da democracia brasileira.”
“Temos dois fatos importantes no relatório. Primeiro, o crescimento explosivo das violações contra jornalistas e empresas de comunicação, seja por agressões, intimidações ou atos de vandalismo contra veículos e infraestrutura dessas emissoras. E, segundo, isso mostra que, no ano em que completamos 25 anos da Constituição, a liberdade de expressão ainda é um bem em consolidação em nosso país. Na medida em que o trabalho da imprensa tem sofrido restrições e ela deixa de informar à população, quem mais perde é a sociedade brasileira". A íntegra do relatório pode ser acessada na página da Abert.