Bahia terá 1ª fábrica de turbinas eólicas do país

O empreendimento é da indústria francesa Alstom Wind, especializada em geração de energia e em infraestrutura ferroviária.

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Será instalada na Bahia a primeira fábrica de montagem de turbinas eólicas (que produzem eletricidade a partir do vento) do Brasil. O empreendimento é da indústria francesa Alstom Wind, cujo presidente, Phillipe Cochet, confirmou anteontem a decisão, afirmando que a empresa “ratifica sua estratégia na região e o desejo de se tornar um ator maior no mercado eólico brasileiro.

A Alstom, especializada em geração de energia e em infraestrutura ferroviária, anunciou a assinatura de um protocolo de acordo com o governo da Bahia. Os investimentos deverão ser da ordem de R$ 50 milhões e a fábrica deverá entrar em funcionamento em 2011. t.

Para Phillipe Cochet, “mercado energético brasileiro tem um forte potencial em termos de produção de energia elétrica alternativa”. O diretor da divisão Power da Alstom no Brasil, Marcos Costa, afirmou que a fábrica, “a primeira do Brasil, nos coloca em um lugar ideal no mercado eólico brasileiro”.

O QUE É – As turbinas eólicas são “moinhos” modernos, com três imensas pás que giram pela força dos ventos. Esses giros, aparentemente lentos, na verdade são multiplicados por engrenagens e fazem funcionar geradores em alta rotação.

Atualmente, os Estados Unidos detêm o maior número de turbinas eólicas, a grande maioria no estado da Califórnia, onde uma verdadeira “floresta” de turbinas produz energia elétrica suficiente para iluminar 200 mil casas.

A velocidade mínima do vento para fazer girar as pás é de dez quilômetros por hora. Trata-se de um tipo de energia absolutamente limpo, já que não causa qualquer tipo de poluição. Na Europa, a França é um dos países que mais possuem turbinas deste tipo.

Nordeste é uma região que tem mais ventos

O Ministério do Meio Ambiente pretende incentivar os estados a ampliar a geração de energia eólica como fonte sustentável de eletricidade, com baixo impacto ambiental, para ajudar a combater os efeitos das mudanças climáticas. Foi o que garantiu recentemente o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, durante debate de medidas necessárias para incentivar a participação dessa modalidade na matriz energética do País.

Minc propôs a realização de um ato público para apresentar à sociedade o potencial eólico do País. O ministro quer ampliar o debate com a participação de ministérios, universidades, secretarias estaduais e sociedade civil. “A fruta está madura para mostrar para a sociedade”, disse o ministro.

O ministro acredita que o avanço da energia eólica no Brasil será uma alavanca para promover o desenvolvimento regional de maneira sustentável. A oferta de eletricidade por fonte eólica no Brasil representa apenas 0,23% do mercado total, segundo o Operador Nacional do Sistema. Mas o Brasil tem potencial para expandir a oferta, já que o Nordeste é considerado uma das regiões mais bem servidas de ventos.

(Informações da edição impressa do jornal Tribuna da Bahia de 26 e 27 de dezembro)