Feira de Santana

Prefeito diz que se for preciso vai ao STF para resolver problema sobre limite territorial de Feira

José Ronaldo disse que é necessário resolver a questão do limite territorial para evitar problemas administrativos futuros.

Andrea Trindade
 
O prefeito José Ronaldo de Carvalho deixou claro durante entrevista ao programa Acorda Cidade, na manhã desta sexta-feira (3), que não disputa o Centro de Distribuição da O Boticário com a cidade de São Gonçalo dos Campos, mas sim os limites territoriais de Feira de Santana.
 
 
“Se continuarem com essa proposta, nós entraremos na justiça e iremos com esse problema, se preciso, até o Supremo Tribunal Federal”, ressaltou.
 
Ronaldo contou que ao chegar à prefeitura foi informado de que havia uma empresa se instalando no limite da cidade sem pedir a licença. A prefeitura, segundo ele, enviou uma correspondência à O Boticário, solicitando a documentação, e a empresa informou que tinha a licença da cidade de São Gonçalo dos Campos.
 
“Essa notificação foi feita há cerca de cinco ou seis meses, quando a obra ainda estava saindo do chão e, portanto, ela não teria prejuízo nenhum. O terreno continua sendo um patrimônio dela. A O Boticário só afastaria um pouco para trás e ficaria no município de São Gonçalo, que é a cidade escolhida por ela para se instalar”, disse o prefeito de Feira destacando que é a favor da instalação da empresa em São Gonçalo.
 
“Quando eu era deputado e estava na oposição, tentaram acabar com a autarquia de Feira de Santana, o Centro  Industrial do Subaé, e fui eu quem lutou na Assembleia Legislativa, fiz emenda em projeto do executivo e não permiti que acabasse a autarquia do CIS. Estendi com minha emenda o CIS para São Gonçalo dos Campos, Conceição da Feira e Conceição do Jacuípe. Tudo isso está arquivado na Assembleia Legislativa. Quem procede assim não é contra município nenhum”, declarou.
 
José Ronaldo disse que é necessário resolver a questão do limite territorial para evitar problemas administrativos futuros.
“Eu não posso ser irresponsável. Se eu não tomar uma atitude, amanhã qualquer pessoa pode entrar com uma ação de improbidade administrativa contra o prefeito de Feira de Santana por não lutar pelo limite territorial da cidade. Não lutamos por empresa nenhuma, a questão é o território”.
 
Ainda durante a entrevista, o prefeito recordou que na Caruara, uma comunidade do distrito de Humildes, está localizada a Frifeira, e logo em frente está a comunidade do Rosário, que pertence à cidade. As escolas e a assistência de saúde são de responsabilidade de Feira de Santana, e é neste local onde a O Boticário está se instalando – em frente à Frifeira.
 
“Eu quero crer que o governador não tem conhecimento disso, e que isso é ação de funcionários da SEI. O que não podemos permitir é que tirem 35km² do município de Feira  de Santana como a superintendência quer. Quem é de Feira é de Feira. Sabemos onde é nosso limite e nunca brigamos por isso. A SEI não tem poder de tomar uma decisão. Deve-se apresentar uma sugestão que é levada ao governador, que encaminha a uma comissão na Assembleia. Quem muda limite territorial é a Assembleia Legislativa”.
 
-“Fizeram esse estudo com tanta pressa e agonia que eles apresentaram uma proposta de limite que corta ao meio o prédio da Frifeira, que está instalado há mais de 25 anos, ou seja, uma metade para Feira e outra para São Gonçalo. Anguera é filha de Feira e ontem (3),  apresentaram uma proposta a SEI dizendo que a fazenda de Zé Mendonça, onde tem escolas de Feira  pertence a Anguera. Não posso permitir que tire o território da cidade”, concluiu.