Feira de Santana
Enfermeira reclama da falta de medicamento para pacientes com Mal de Parkinson
Ela contou que a medicação está em falta desde julho e que o preço do remédio é muito alto.
Daniela Cardoso
O medicamento Sifrol 0,25mg, usado para aliviar os sintomas do Mal de Parkinson, distribuído pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em Feira de Santana, está em falta. O pai da enfermeira Carolina Reis tem a doença. Ela reclama da falta do medicamento, que é distribuído pelo Hospital Especializado Lopes Rodrigues. Ela contou que a medicação está em falta desde julho e que o preço do remédio é muito alto.
“É uma medicação cara, mas desde julho que não tem e que não há perspectiva de chegar. A gente não sabe os motivos e não sabemos também o que fazer. Já fiz uma queixa na ouvidoria em Salvador e a queixa foi enviada para Feira, mas não adiantou”, afirmou.
Segundo a enfermeira, a caixa do comprimido, que dura apenas três dias, custa 70 reais. Ela ressaltou que os pacientes não podem ficar sem o remédio, pois a doença começa a apresentar os sintomas de forma mais rápida.
“Meu pai ficou um período sem tomar esse remédio e apresentou síncopes, pois essa medicação precisa de um desmame. Ele apresentou quedas de pressão, desmaio, tinha dias que caía duas vezes. Nós, como filhos, nos reunimos e estamos comprando a medicação, mas até quando vamos poder fazer isso?”, questionou, acrescentando que até nas farmácias está difícil de encontrar o remédio.
Ela pediu que os órgãos competentes tomem alguma providência para resolver o problema e lembrou que assim como o pai dela, outras pessoas podem estar passando pelas mesmas dificuldades.
“Imagine o custo disso para uma pessoa aposentada, que tem que comprar outras medicações, tem que comer, cobrir outras despesas da casa. É uma situação muito crítica. Eu espero que todos que estão passando por essa situação se mobilizem”, afirmou.
O diretor administrativo do Hospital Lopes Rodrigues, Carlos Holtz Filho, explica que o medicamento chegou, mas em dosagem diferente.
“Esse medicamento é encaminhado pela Cefarba (Central Farmacêutica da Bahia) e vem através do Ministério da Saúde. Nós somos apenas dispensadores. Está em falta deste julho, esse de 0,25. Nós só temos na unidade o de 0,125”, informou.
Ele confirmou que os medicamentos são de alto custo e afirmou que não há precisão de quando irão chegar, pois já recebeu a programação de outubro e o medicamento não veio.
As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.
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