Feira de Santana

'Ninguém gostaria de ter um filho homossexual', afirma vereador Edvaldo Lima

O tema de hoje foi a crítica que o deputado estadual Yulo Oiticia (PT) fez ao deputado federal Marco Feliciano (PSC)

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Roberta Costa

 
Já é um fato corriqueiro na Câmara Municipal os edis deixarem o vereador Edvaldo Lima (PP) falando sozinho na Tribuna da Casa. Hoje (25), durante o extenso discurso do edil, a sessão teve que ser suspensa por alguns minutos, por falta de quórum. 

O tema inicialmente foi a crítica que o deputado estadual Yulo Oiticica (PT) fez ao deputado federal Marco Feliciano (PSC). Mas, como em quase todos os discursos de Edvaldo, terminou no debate sobre a garantia dos direitos dos homossexuais.

Em rápida passagem por Feira de Santana, Yulo disse que, caso seja eleito deputado federal, irá “bater de frente com Feliciano na questão dos Direitos Humanos”. 

 

Durante o discurso de Edvaldo, Wellington Andrade (PTN) disse que o edil está fazendo com Yulo o mesmo que ele pretende fazer com Feliciano e, mudando o tema da discussão, Wellington "botou o dedo na ferida" de Edvaldo ao dizer que muitas vezes o discurso dele é um e a prática outra.
 

“O senhor fala tanto em igualdade e dignidade e foi o primeiro a segregar os homoafetivos na questão do casamento coletivo. O senhor achou que eles deveriam ser tratados diferentes. O senhor disse que ama a pessoa nos indivíduos e não nas ações, mas não fez isso quando eles quiseram entrar no casamento coletivo. Cuidado para o discurso não ser um e a prática outra”, falou Wellington.

Em resposta, Edvaldo disse que a família brasileira não deve ficar acuada diante dessa situação. “O senhor gostaria de ter seu filho homossexual? O senhor não gostaria e ninguém aqui gostaria. A orientação sexual é comportamento, não é doença, nem a pessoa nasce assim. Ele nasce bem, nasce homem e depois acha melhor trocar o sexo. É problema de cada um. Mas, ninguém pode ir contra a lei divina”.

Em defesa de Wellington, Beldes Ramos (PT) disse que “homossexualismo não é comportamento, é condição. Se perguntar a muitos dos que são excluídos por pessoas como Vossa Excelência, eles irão explicar. Eles não querem leis para leis, mas igualdade e direitos para todos, só estão buscando seus direitos. A lei deve ser cumprida para todos”.