Roberta Costa
Na oportunidade, Ana Mary Cardoso Menezes, 1ª secretária do Sindicame (Sindicato dos Camelôs) disse que os investimentos do poder público para melhorar a situação da categoria estão deixando a desejar.
“Não vamos tapar o céu com a peneira e nem fazer o camelô de coitadinho. Mas, todos nós queremos um espaço digno, onde possam ser acomodados os camelôs e os clientes. Onde o camelô vai, o povo vai atrás.
O poder público não percebeu o potencial que o mercado de rua tem”, disse ela.
Ana Mary disse que o centro da cidade não está “feio” apenas por causa das barracas dos ambulantes.
“É preciso buscar recursos, melhorias e parcerias para o centro da cidade. A Feira está feia, mas não é só por causa da barraca do vendedor ambulante e do carrinho de mão. O mercado informal usa as calçadas para expor seus produtos e atrapalha o andamento do pedestre e dos cadeirantes. Não queremos varrer a sujeira para debaixo do tapete, queremos projetos sérios”, concluiu dizendo que “todos devem participar do processo de mudança”.
Reginaldo dos Santos, diretor Social do Sindicato dos Trabalhadores Livres em Feira de Santana, afirmou que a situação está caótica.
“É hora de esquecermos de nós e lembrarmos dos mais necessitados e carentes. Não podemos nos vender às classes poderosas e aos homens que estão no poder. O povo do sindicato não gosta de baderna, coisas irregulares, pois acreditamos que os interesses pessoais não podem ultrapassar os interesses coletivos e a classe precisa de um amparo melhor e qualidade de trabalho”.
Centro de Abastecimento – Presente no evento, o deputado estadual Zé Neto (PT), líder do governo na Assembleia Legislativa, acredita que uma das soluções para resolver o problema do comércio informal é relocar os ambulantes para onde hoje funciona o Centro de Abastecimento. Esse, por sua vez, seria transferido para outro local e venderia apenas no atacado, sendo transformado em uma grande Ceasa.
O ex-vereador Ângelo Almeida lamentou a falta de um representante do município de Feira de Santana na Sessão e disse que um “tema dessa natureza deve ser tratado através de audiência pública para que tenha a participação dos feirantes. A ausência de uma representação municipal nos mostra que a situação dos feirantes é imprevisível”.