PolÃcia
MP-BA denuncia suspeitos por assassinato de servidora da UFBA
Selma Barbosa Alves foi morta ao deixar uma amiga em casa, em Salvador. Suspeitos foram presos após deixarem celular no local do crime.
Acorda Cidade
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) ofereceu denúncia contra os dois suspeitos pelo assassinato da servidora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Selma Barbosa Alves, morta no dia 12 de agosto, após deixar uma amiga em casa no bairro do Costa Azul.
Os dois homens, presos dois dias após o crime, são acusados por latrocínio, roubo seguido de morte. A denúncia foi oferecida pelo promotor Gilberto Amorim à 2ª Vara Criminal de Salvador. Eles também são suspeitos de dois assaltos, realizados momentos antes do crime contra a servidora da Faculdade de Comunicação da UFBA.
O promotor encaminhou nesta quarta-feira (4) à Delegacia de Repressão de Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV) um pedido de "diligências suplementares", o recolhimento de arquivos como imagens das câmeras de segurança da agência bancária e dados sobre o reconhecimento dos suspeitos pelas vítImas de assalto.
Com a denúncia, o MP espera que a justiça investigue o caso e atenda ao que diz a lei sobre o crime de de latrocínio, com pena de reclusão de 20 a 30 anos.
Despedida
Amigos e familiares de Selma se despediram da jornalista em uma cerimônia de homenagem no cemitério Jardim da Saudade, na capital baiana. Alunos, professores e colegas de Selma, que trabalhava no laboratório de vídeo da Facom, fizeram orações e prestaram as últimas homenagens antes do corpo da servidora ser levado para a capital do Rio Grande do Norte, onde foi enterrado.
O irmão da jornalista potiguar, Lenilson Barbosa Alves, saiu de Natal para reconhecer o corpo da irmã e tomar as providências para o traslado. Na cerimônia de despedida ele falou sobre o crime que vitimou Selma.
"'Eu não posso dizer que estou indignado porque isso tem feito parte da nossa rotina. Estou sofrendo a perda de uma pessoa que eu amo e esse sentimento é pessoal. Como esse caso se tornou público, ganhou repercussão, eu acho que serve para que as pessoas reflitam. Eu perdi minha irmã, mas tem pais que estão perdendo filhos pelo mesmo motivo. A falta de respeito à vida, a banalidade com que está sendo tratada a vida não merece a compreensão de direitos humanos. Eu não chamo um criminoso frio que tira a vida de um ser humano sem nenhum motivo de animal, é um bárbaro, selvagem. E a sociedade precisa ter leis próprias para bárbaros e selvagens", desbafou Lenilson. A previsão era que Selma se aposentasse no final de 2014. Ela não era casada e não tinha filhos.
O crime
De acordo com a PM, Selma havia deixado uma amiga na rua Arthur de Azevedo Machado, no bairro do Costa Azul, quando foi abordada por dois suspeitos, que chegaram em um veículo Celta. O caso aconteceu em uma rua onde fica localizada uma Unidade Especializada da Operação Gêmeos, da Polícia Militar.
A polícia informou que relatos de testemunhas dão conta de que a mulher não reagiu, mas, mesmo assim, foi baleada na cabeça e morreu no local. A amiga que estava com ela não foi atingida. Os suspeitos fugiram levando o carro da vítima, um Fiat Punto e abandonaram o Celta no local.
Os dois homens chegaram a ser perseguidos por PMs da Operação Gêmeos e Apolo. Houve troca de tiros, mas, segundo a PM, eles conseguiram fugir por um matagal, nas proximidades do Aeroclube, na Boca do Rio. O veículo roubado da vítima foi abandonado no local.
A jornalista era servidora da Universidade Federal da Bahia (UFBA) há mais de 20 anos e trabalhava no laboratório de vídeo da Faculdade de Comunicação da instituição. No Rio Grande do Norte, Selma trabalhou na TV Universitária (TVU) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e na TV Cabugi. Em nota, a Universidade lamentou a morte da servidora. Professores liberaram os alunos das atividades por conta do ocorrido. As informações são do G1.
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