Acorda Cidade
 
Os professores dos municípios de Vera Cruz e Santa Cruz Cabrália ocuparam a Câmara dos Vereadores e a prefeitura da cidade, respectivamente, na terça-feira (3). Em greve há 16 dias, os trabalhadores de educação de Cabrália, no Sul baiano, acampam na prefeitura local acompanhados por pais, alunos e uma comunidade indígena. Entre as reivindicações da categoria está a implementação do novo piso salarial de professores do ensino básico da rede pública brasileira, que foi reajustado em 7,97%  em janeiro de 2013.
 
Com o aumento, o piso salarial do educadores passou de R$ 1.451 para R$ 1.567. "A comunidade está apoiando nossa paralisação", garante Graziela Rezende, vice-coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) na região. "Além da aplicação do novo piso, também buscamos o reembolso das perdas salarias de 2012, reformas nas escolas de Cabrália e ampliação da frota de transporte escolar". 
 
Ainda segundo a representante do sindicato, existem artigos do estatuto e do plano de carreira que não estão sendo cumpridos pela secretaria de Educação municipal. A categoria também busca uma mudança na jornada de trabalho dos auxiliares de serviços gerais e dos agentes administrativos escolares.
 
Uma reunião entre os professores e a secretária de Educação de Santa Cruz de Cabrália, Sandra Regina Chagas, e representantes do Executivo teve início às 10h desta quarta-feira (4).
 
"A gente espera que isso seja resolvido logo porque todos os envolvidos – professores, alunos e pais – querem que as aulas retornem o mais rápido possível", afirma a vice-coordenadora da APLB. 
 
O resultado da reunião está previsto para ser divulgado no início da tarde de hoje. Cerca de 5 mil alunos da região permanecem sem aulas enquanto a paralisação dos professores municipais durar. 
 
Professores de Vera Cruz param votação e ocupam Câmara de Vereadores
 
Os professores do município de Vera Cruz, na Região Metropolitana de Salvador, também ocupam a Câmara de Vereadores desde a terça-feira (3). Funcionários e professores das escolas locais, que estão paralisados desde o dia 2 de setembro, interromperam a votação sobre a prestação de contas do prefeito da cidade e acampam no Câmara desde a manhã de ontem. 
 
"Queremos o cumprimento do novo piso e do plano de carreira", diz Hércia Azevedo da Silva, presidente da APLB. "Esperamos a implementação deste reajuste há quase nove meses".
 
Uma reunião entre a categoria e o secretário de Educação de Vera Cruz, o professor Heder Amaro Velasques de Souza, deve acontecer ainda nesta quarta. "Dormimos aqui [na Câmara de Vereadores] e vamos ocupar o local até que esta situação se resolva", assegura a diretora da APLB. Ainda segundo a categoria, mais de 50 unidades de ensino municipal estão paralisadas por tempo indeterminado desde esta segunda-feira (2). As informações são do Correio.