Feira de Santana

Diretor do HGCA diz que hospital não é hotel e pede que parentes cuidem dos pacientes

José Carlos Pitangueira falou também sobre o atendimento de cardiologia do Clériston.

Daniela Cardoso
 
"Os parentes de pacientes internados no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) precisam entender que o hospital não é hotel e que eles querem carinho e atenção". A afirmação do diretor do hospital, o odontológo, José Carlos Pitangueira, ao ser questionado sobre a evasão de pacientes que aguardam atendimento, principalmente de cardiologia. De acordo com ele, muitos pacientes ficam internados no hospital e não recebem visitas dos parentes, com isso, alguns fogem. 
 
“Tem alguns pacientes que a família deixa aqui e só aparece no fim do mês, quando o dinheiro do ‘coroa’ vai sair, isso é que me preocupa. A pessoa tem que dar carinho ao paciente. Isso aqui é um hospital e não um hotel. Se a pessoa estiver dentro do hospital sozinho, vai sair mesmo”, afirmou. 
 
O diretor reconheceu que existe evasão de pacientes do hospital e informou que está tomando providências para resolver o problema. “Temos algumas saídas que estamos tentando fechar e colocar vigilante. À noite, as janelas são travadas, mas a pessoa pode destravar e sair. Normalmente quem está aqui e vai embora, é pelo tempo que está dentro do hospital, porque a gente demora de fazer os exames devido a superlotação”, reconheceu.
 
José Carlos Pitangueira falou também sobre o atendimento de cardiologia do Clériston. “Nós atendemos a cardiologia clínica. Qualquer outro exame cardiológico é feito no Hospital Dom Pedro de Alcântara, que tem nos ajudado. Tem exames que são difíceis de serem feitos em toda a Bahia e em todo Brasil, porque a fila é grande”, disse.
Novos equipamentos e funcionários 
 
O diretor do Clériston Andrade informou, ainda, que o hospital recebeu novos equipamentos e funcionários. 
 
“Recebemos cinco carros de anestesia para o centro cirúrgico, estamos recebendo três novas enfermeiras, sete técnicos de enfermagem, que devem chegar na próxima semana, e um fisioterapeuta. Agora vamos resolver o problema do telhado, pois com as chuvas temos um forte vazamento na parte cirúrgica. E, provavelmente, até o final desse mês a obra da Upa (Unidade de Pronto Atendimento) volte a ser executada.
 

As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade