Secretário de Cultura recebe entidades afro de Feira de Santana

O secretário de Cultura, Esporte e Lazer do município de Feira de Santana, Cristiano Lobo, se reuniu com representantes das entidades afro de Feira de Santana, para discutirem sobre a Micareta de Feira 2025 e a realização de ações de incentivo à sustentabilidade dessas instituições.

Membros do Coletivo de Entidades Afro (Cenafs), que hoje representa 27 das 32 agremiações existentes, apresentaram ao secretário e ao diretor de eventos Naron Vasconcelos, o Projeto Pérola Negra, que vem sendo executado na festa momesca desde 2019.

“O principal objetivo do Pérola Negra, é ressignificar e requalificar os desfiles da cultura de matriz africana durante a Micareta, bem como profissionalizar os grupos e seus dirigentes para que possam estar aptos a buscarem outras parcerias”, informou Val Conceição, que é coordenador geral da Moviafro e um dos idealizadores do coletivo.

“Desde 2019 que o Pérola Negra vem transformando a realidade e principalmente o pensamento dos dirigentes dessas instituições. A Micareta tem sido uma vitrine, a culminância das atividades que blocos afro, afoxés e escolas de samba desenvolvem em suas comunidades durante todo o ano. Porém a cultura de matriz africana feirense, não desperta interesse dos grandes patrocinadores da festa e o apoio financeiro do município tem sido essencial na realização desses desfiles”, explicou o coordenador.

Durante o encontro, também foi discutido sobre a realização de ações para potencializar esses grupos afro, como a realização de ensaios e festivais.

“Esse primeiro contato com a nova gestão da Secel, foi de suma importância para nós, fomos muito bem recebidos e pudemos perceber que é de interesse da secretaria, manter esse projeto, já que está testado e aprovado”, afirmou Gilson Moreira, representante da Associação Tambores Urbanos.

Uma nova reunião será agendada para definir a execução do projeto.

Os desfiles da cultura de matriz africana são tradicionais na Micareta feirense, já que durante muito tempo, era a única forma de participação das pessoas negras do município que não tinham acesso aos grandes bailes.

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