Daniela Cardoso
A importância da amamentação é tema do 5º Simpósio de Aleitamento Materno que está sendo realizado na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). O objetivo do evento, que começou ontem e segue até esta quarta-feira (31) é incentivar e promover o aleitamento materno por meio da conscientização.
A pediatra Graciete Oliveira Vieira, coordenadora do banco de leite humano do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) está presidindo o simpósio e ressaltou que o aleitamento é importante tanto para a mãe, quanto para o bebê.
“Em relação à saúde da mulher, ele previne algumas doenças, como câncer de mama e câncer de ovário. Em relação à saúde da criança, previne doenças como infecções, diarréias, pneumonias. Devido a isso, as crianças que mamam no peito têm menor mortalidade infantil, quando comparadas a aquelas que não são amamentadas”, explicou.
A pediatra lembrou que ainda existem vantagens do ponto de vista emocional, pois, segundo ela, se estabelece um vínculo de intimidade entre mãe e filho e possibilita maior apego.
De acordo com Graciete Oliveira, a recomendação da Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde, é que a criança seja amamentada por dois anos de idade ou mais, sendo que nos seis primeiros meses de vida, o aleitamento deve ser exclusivo. “Isso significa que a mãe deve alimentar a crianças apenas com o leite do peito”, ressaltou.
Um dos fatores que contribuiu para a mãe deixar de amamentar e introduzir outros alimentos na dieta da criança, de acordo com a especialista, é trabalhar fora do lar. Porém, ela lembrou que atualmente existem leis que protegem a amamentação e que permite que a mãe passe mais tempo no seu lar.
Para as mães que não podem amamentar o filho, por falta de leite, a pediatra orientou que ela introduza outros alimentos na dieta do bebê, mas com alguns cuidados na preparação. Ela alertou ainda para os perigos da criança ser amamentada por outra mulher, que não seja a mãe.
“Não é permitido que uma criança amamente no peito de outra mãe, porque alguns vírus, a exemplo do HIV, podem ser transmitidos através do leite”, afirmou.
As informações são do repórter Ed Santos, do Acorda Cidade.
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