PolÃcia apreende drogas, celulares, cordas e 14 mil reais no presÃdio de Feira de Santana
A vistoria foi realizada por policiais militares da Companhia Independente Litoral Norte (CIPE-LN) e do Comando Especializado Tático Operacional (CETO).
Quinhentos papelotes de maconha, 500 gramas da erva, 250 celulares, duas facas tipo peixeira, aproximadamente 30 chunchos (arma perfurante), 15 lençóis em forma de corda, vários baldes e pedaços de fios, além de 14 mil reais em cédulas novas. Este foi o material apreendido nesta terça-feira (23), com alguns detentos do Conjunto Penal de Feira de Santana, durante uma vistoria em celas da ala masculina.
A vistoria, realizada pelo Grupo Especial de Operações Prisionais (GEOP), agentes penitenciários, policiais militares da Companhia Independente Litoral Norte (CIPE-LN) e do Comando Especializado Tático Operacional (CETO), foi solicitada pelo diretor do presídio, Edmundo Memeri Dumet, e contou com a participação de mais de 50 policiais especializados, além de agentes penitenciários.
A operação começou por volta das 6 horas da manhã. Em entrevista ao Acorda Cidade, o capitão Neves, da PM, informou que os presidiários responsáveis pelo material apreendido foram conduzidos a Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), para serem autuados.
Segundo ele, a quantidade de dinheiro encontrado foi a grande surpresa da operação. “A gente sabe que sempre vai encontrar arma e droga. Mas, a quantidade de dinheiro foi muito elevada. Os donos foram identificados e a origem do dinheiro será investigada", disse o policial.
O detento Celival Barbosa Nunes, cadeirante, morador da rua Campos Sales, no bairro Campo Limpo, preso há 8 anos, acusado de latrocínio (roubo seguido de morte), foi encontrado com 120 petecas de cocaína, e Júnior de Souza Silva, 28 anos, preso há 4 meses por assalto a mão armada foi flagrado com cocaína e crack.
Interferência de dentro para fora do presídio
O coronel Adelmário Xavier, comandante do CPRL (Comando de Policiamento Regional Leste) avaliou a ação como positiva e disse que o resultado comprovou um fato que ele desconfiava que existia.
“Muito celular, muita droga. O que leva a crer que existe uma interferência muito grande de dentro do presídio para fora. Isso tem que acabar porque a gente está se acabando de trabalhar e não dá para ver atitudes como essa”, disse o coronel.
Adelmário declarou ainda que a situação do conjunto penal é mais preocupante do que ele imaginava, porque, segundo ele, isso mostra que os detentos estão tendo facilidade para receber esse material .
“Está havendo uma facilidade muito grande. Não sei como isto está acontecendo, mas algo deve ser feito. Isso é preocupante, principalmente para os nossos policiais que estão fazendo um trabalho sub-humano para manter a tranquilidade. Baseado neste dado, muitas coisas podem estar acontecendo no presídio e a gente não sabe como.
Mortes e tráfico de drogas
O coronel disse que com essa apreensão, não tem dúvida de que o tráfico de drogas e muitos homicídios estão sendo comandados de dentro do presídio.
Adelmário sugeriu que algo seja feito para que haja o bloqueio do sinal dos aparelhos celulares. “Acredito que se isso for possível já estaremos dando um grande passo para resolver esse problema", concluiu.
Com fotos e informações do repórter Aldo Matos, do programa Acorda Cidade.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você está ciente dessa funcionalidade.
Termos de Uso
e
PolÃtica de privacidade