Feira de Santana

'Peraê, prefeito': Zé Neto diz que José Ronaldo não consegue dialogar com a oposição

Para ele, José Ronaldo (DEM), não teve o mesmo 'amadurecimento' que o seu companheiro de legenda, o prefeito de Salvador ACM Neto (DEM)

Roberta Costa

Em entrevista ao Acorda Cidade na manhã desta segunda-feira (08), o deputado estadual Zé Neto (PT), líder do governo na Assembleia Legislativa, disse que o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (DEM), não teve o mesmo “amadurecimento” que o seu companheiro de legenda, o prefeito de Salvador ACM Neto (DEM).

“Ele tem que melhorar. Há um tempo, ele disse que não precisava de uma verba de Fernando Torres. Essa é uma demonstração de que ele precisa se modernizar. Política não pode ser feita com o fígado, com ódio, perseguição, cara feia e amarração. ACM Neto se modernizou, consegue dialogar. José Ronaldo precisa fazer o mesmo”.

O deputado criticou algumas ações do governo nos primeiros seis meses de mandato.

"Aumentou a taxa de iluminação, o IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) aumentou, por exemplo em minha casa em 43%. Peraê, prefeito, calma”, pediu Zé Neto.

Vem pra Rua – Em relação às manifestações que estão acontecendo em todo o país, Zé Neto acredita que elas são positivas. “Muda a pauta política do país. Por exemplo, a mobilidade urbana tem que ser tratada de forma mais eficiente. As manifestações aceleram as discussões das pautas sociais. O político é fruto da representação da sociedade. Se o Congresso tá ruim, a sociedade tá ruim. Espero que esses movimentos tragam lideranças novas, que se organizem em torno de questões sociais específicas. 

Saúde – Sobre a situação do atendimento à saúde em Feira de Santana, Zé Neto perguntou para onde vai o orçamento que o governo municipal recebe mensalmente para gastos com a saúde.

“Realmente temos dificuldades na área infantil. O município recebe 22 milhões de reais por mês para a saúde e, mesmo assim, fechou a maternidade do Hospital Dom Pedro de Alcântara, a Casa de Saúde Santana não tem atendimento, está fechando. O Hospital da Criança do município não atende nem 10% da sua capacidade. Por isso, a demanda vai toda para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) e para o Hospital Estadual da Criança (HEC)”, finalizou.