Daniela Cardoso
 
O desempenho do comércio de Feira de Santana, no primeiro semestre deste ano, ficou abaixo da expectativa do empresariado feirense, segundo informou o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Alfredo Falcão. De acordo com ele, as expectativas eram positivas, mas alguns fatores, como a seca e também o fechamento do comércio durante as manifestações, prejudicaram as vendas. 
 
“Nós tivemos um 2013 muito parecido com 2012, sem muito acréscimo em termo de volume de venda e isso se deve a uma série de fatores, como a seca e as manifestações, que provocaram o fechamento do comércio por algumas horas”, afirmou.
 
Manifestações 
 
Alfredo Falcão afirmou que está satisfeito com a mobilização das pessoas e que só não concorda com o vandalismo, que ocorreu em algumas cidades. De acordo com ele, o vandalismo tira a beleza do movimento.
 
“Eu vejo as manifestações como um despertar da cidadania que estava esquecida. As pessoas esqueceram que têm compromisso como cidadãos com a cidade e com o país. Havia uma alienação da juventude em relação a algumas coisas, mas temos que ter cuidado para que não exista excesso, porque algumas mudanças precisam ser feitas”, afirmou.
 
O presidente da CDL citou o aumento da CIP (Contribuição de Iluminação Pública), em Feira de Santana, como uma das mudanças necessárias. Ele afirmou que não é contra o aumento e sim contra a forma como ele foi aprovado. 
 
“A cidade cresceu muito e os recursos continuaram os mesmos. Eu só sou contra a forma como foi aprovado o projeto, pois não houve uma reflexão maior e nem mesmo discussão. Isso não é bom para a cidade e espero que outros projetos não sejam aprovados na Câmara de Vereadores da forma como esse foi”, opinou.
 
Novos bairros 
 
Sobre o projeto que amplia as áreas urbanas da cidade, que também já foi aprovado na Câmara de Vereadores e causou a insatisfação de moradores da zona rural de Feira de Santana, Alfredo Falcão disse não concordar. 
 
“Eu acho que houve um grande equívoco nessa mudança, que não foi devidamente estudada e não traz benefícios para a cidade. Deveria ter sido discutida de forma ampla. Essa pressa com que as coisa têm sido aprovadas na cidade está trazendo prejuízos”, avaliou.
 
As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.