Feira de Santana
Contra publicização, funcionários do Clériston realizam apitaço e fecham rodovia
Edklecio Mendonça, do sindicato dos enfermeiros, afirmou que a mobilização tem o objetivo de chamar atenção dos órgãos públicos fiscalizadores, como o Ministério Público Estadual e Federal, e a OAB com relação ao projeto.
Daniela Cardoso
Funcionários do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) realizaram um protesto nesta terça-feira (28) contra o processo de publicização da unidade, anunciada pelo governo do estado. Cerca de 300 funcionários cruzaram os braços, paralisando parcialmente o ambulatório. Os manifestantes realizaram um apitaço e a cada cinco minutos fechavam a avenida Eduardo Froes da Mota, reabrindo em seguida.
Edklecio Mendonça, do sindicato dos enfermeiros, afirmou que a mobilização tem o objetivo de chamar a atenção dos órgãos públicos fiscalizadores, como o Ministério Público Estadual e Federal e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), com relação ao projeto.
“Precisamos ter responsabilidade em relação ao único hospital de toda a região que atende mais de 4 milhões de pessoas. Não é assim que se faz um projeto de saúde pública. Não é impondo uma situação como essa, sem antes conversar com todos os municípios que são acolhidos pelo Clériston Andrade, sem antes discutir com a comunidade, com os conselhos estadual e municipal de saúde, que vamos tomar essa decisão. Temos que ter responsabilidade”, ressaltou.
A auxiliar de enfermagem, Romenice Cerqueira, afirmou que no projeto de publicização, há contradições com relação ao que foi dito pelo governo. “Eles nos disseram que não haveria cotas e no projeto tem cotas. O outro ponto que é mais agravante: a empresa privada está livre das amarras e dos trâmites legais, o que significa sem licitação e sem transparência”, afirmou.
Hospital Estadual da Criança
Edklecio Mendonça informou que existe uma proposta para que o Hospital Estadual da Criança (HEC) se transforme em um hospital materno infantil. Ele parabenizou o prefeito José Ronaldo de Carvalho e o governador Jaques Wagner pela ideia e disse que essa medida ajudaria o Clériston Andrade.
“Desse modo tiraria o materno infantil do Clériston e transferiria para o HEC, podendo disponibilizar tanto a estrutura física quanto os funcionários, para atuar como uma clínica de cirurgias eletivas e ortopédicas. Desse modo, teríamos uma melhor resposta do Clériston Andrade, uma melhor reposta e utilização do Hospital da Criança e acreditamos que seria a melhor situação no momento para se praticar”, afirmou.
As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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