Daniela Cardoso
As obras de reforma do Aeroporto João Durval Carneiro, em Feira de Santana, ainda não foram concluídas por conta da burocracia de órgãos federais. A informação foi dada pelo secretário estadual de Infraestrutura e vice-governador da Bahia, Otto Alencar. Ele explicou o que já foi feito para recuperar o aeroporto.
“O projeto para ser um aeroporto integrado, de carga e passageiros, já está pronto. Temos aqui um grande centro industrial que vai crescer mais ainda, por isso temos que ter um aeroporto de carga. Eu soube essa semana que a Casa Civil, a Secretaria da Aviação, o comando da Aeronáutica e a Anac já aprovaram o projeto. Aqui no Brasil o projeto tem que passar por uma série de órgãos e, às vezes, me sinto desestimulado a continuar trabalhando na área executiva”, afirmou.
De acordo com o secretário, o projeto já era para ter saído do papel e o trabalho já deveria ter sido iniciado. Ele disse que gostaria que saísse a MP dos aeroportos, assim como saiu a MP dos portos, para que assim houvesse condições de fazer as concessões dentro do Estado. “Quem deveria regular isso era a Agerba. Eu estou nessa luta e temos que vencer as dificuldades. Eu tenho coragem e vou continuar trabalhando, mesmo sofrendo críticas”.
Avenida Sérgio Carneiro
Quanto às intervenções necessárias na avenida Sérgio Carneiro, que dá acesso ao aeroporto, Otto Alencar disse que tem informações preliminares de que a responsabilidade seria da prefeitura municipal, mas que existe a possibilidade de fazer um projeto para viabilizar a obra. Ele disse ainda que se a rodovia realmente for estadual, o Estado vai resolver o problema.
Desapropriação
O vice-governador afirmou que está enfrentando dificuldades para realizar a desapropriação das casas próximas ao aeroporto. “As pessoas acham que vamos desapropriar e não vamos pagar o preço justo. Quero esclarecer aos moradores que vamos pagar sim o que é direito. Vamos mandar fazer uma avaliação para pagar o valor justo”, ressaltou.
Otto Alencar reiterou que vai haver a desapropriação, mesmo que os moradores não aceitem. “Nós faremos um acordo. Se algumas pessoas não aceitarem, o Estado vai entrar na justiça, ganhar e desapropriar, porque acima do interesse de quem mora próximo ao aeroporto, está o interesse do povo de Feira de Santana”.
As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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