Feira de Santana

Cinco pacientes do Hospital de Custódia já foram transferidos para Feira de Santana

O deputado Federal Colbert Martins disse estar preocupado com a transferência dos presos. Já o deputado estadual José Neto afirmou não entender a polêmica.

Daniela Cardoso
 
A transferência de 12 pacientes do Hospital de Custódia e Tratamento da Bahia (HCT) para Feira de Santana repercutiu negativamente na sessão damara Municipal de ontem. O edil Marcos Lima disse que é preciso saber se Feira de Santana tem condições de atender a essas pessoas. O petista Beldes Ramos pediu cuidado para que os vereadores não façam discursos excludentes
 
Na manhã desta terça-feira (23) o assunto mais uma vez gerou discussão. O deputado Federal Colbert Martins, em contato com o Acorda Cidade, também disse estar preocupado com a transferência dos presos. Ele afirmou que vai interpelar junto ao Ministério Público para saber como foi feita a escolha das pessoas transferidas
 
“Eu fico preocupado, pois Feira não tem preparação para receber pacientes doentes mentais, assassinos e outros. Quero saber como foi feita a escolha dessas pessoas e a qual tipo de pena elas estão sendo submetidas. O hospital de custódia é um hospital prisão e Feira não tem estrutura para isso”, afirmou
 
O deputado estadual José Neto afirmou não entender os motivos da polêmica. Ele amenizou a situação informando que os 12 pacientes transferidos são do sexo feminino, que cumpriram pena e que foram abandonados pela família.
 
“Temos que colocar a questão humana acima de qualquer coisa. Essas pessoas envelheceram e foram abandonadas pela família. Elas têm que ir para algum lugar, pois o hospital em Salvador pegou fogo e vai passar por uma reforma. Esses pacientes não trazem risco nenhum e eles precisam de dignidade. Eles são seres humanos assim como nós. Será que é correto tratar essas pessoas como dejetos?”, questionou
 
Elielza Barcelar, diretora do Hospital Especializado Lopes Rodrigues, para onde os pacientes estão sendo transferidos, informou que cinco mulheres estão no local. Ela afirmou que elas são sociáveis e não causou nenhum transtorno até o momento
 
“Elas não são de alta periculosidade e estão junto com outras pacientes. Recebemos cinco mulheres que vieram transferidas em caráter emergencial, temporariamente. Nos solicitaram a liberação de doze vagas, todas para mulheres. Uma parte delas tem família, que inclusive vieram visitar e outra parte foi abandonada pelos familiares”, disse.
 
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade