Feira de Santana
Mulheres prestam queixa na delegacia após receberem notas falsas em casa lotérica
O presidente do Sindicato dos Lotéricos de Feira de Santana, Jairo Miranda, alerta a população em relação aos saques em qualquer estabelecimento.
Andrea Trindade
“Fineza conferir as cédulas e o troco no ato do recebimento”. Muita gente não percebe, mas muitas casas lotéricas possuem este aviso. A orientação visa prevenir transtornos posteriores, como percepção de troco errado ou de notas falsas só depois que chega em casa.
Isto aconteceu em Feira de Santana ontem (9). Duas mulheres tiveram que prestar queixa na 1ª Delegacia após, segundo elas, terem recebido notas faltas em uma casa lotérica da cidade.
Daiuza Vieira Silva, de 42 anos, que reside no bairro Brasília, informou na delegacia que sacou a quantia de R$ 760 reais e que uma das notas de R$ 100 que recebeu era falsa. A dona de casa disse que ficou sabendo que a cédula não era autêntica após efetuar um pagamento em um consultório odontológico. Ela disse que voltou à casa lotérica para resolver o problema, mas não conseguiu.
O mesmo aconteceu com a lavradora Maxiliana da Fonseca Moreira, 64 anos. Na delegacia, ela informou que sacou um benefício no valor de R$ 600 e ao chegar em casa a nota falsa foi percebida pela filha, que ao contar o dinheiro notou algo estranho na nota. Ela tentou resolver o problema na casa lotérica, mas não obteve sucesso. Foi à delegacia e registrou a queixa.
O presidente do Sindicato dos Lotéricos de Feira de Santana, Jairo Miranda, alerta a população em relação aos saques em qualquer estabelecimento. Ele observa que as empresas têm o cuidado de checar a autenticidade das cédulas quando recebem o pagamento, mas os consumidores não agem da mesma maneira.
De acordo com Jairo, a casa lotérica, cujo nome não foi divulgado pela polícia, não tem obrigação de trocar o dinheiro identificado como falso. Primeiro porque não pode comprovar que a nota falsa saiu de lá e porque as pessoas têm obrigação de contar o dinheiro e observar se ele é verdadeiro no ato do recebimento e optar por não aceitar se ela for falsa.
O presidente do sindicato disse também que os casos envolvendo as duas mulheres deverão ser investigados pela polícia para identificar a origem da nota.
“O correto é reter a nota falsa para enviar ao Banco Central, mas se um estabelecimento fizer isso pode gerar confusão, então ele pode recusar o recebimento. O consumidor deve fazer o mesmo. As funcionárias do caixa são treinadas para reconhecer dinheiro falso.”, explicou.
Também é importante sempre recomendar ao dono do exemplar suspeito que procure uma agência bancária para encaminhamento da nota para ser analisada pelo Banco Central. Dentro de uma agência bancária é indispensável retirar um extrato que comprove o saque, preferencialmente no mesmo terminal, e encaminhar-se ao gerente da agência para pedir providências, caso não seja resolvido, o ideal é procurar a polícia como fez as duas mulheres.
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