Daniela Cardoso
A procura por tratamento na Unacon (Unidade de alta complexidade do Hospital Dom Pedro de Alcântara) aumentou nos últimos anos. Atualmente 8.600 pacientes estão cadastrados na Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana, sendo que 1.260 fazem tratamento de quimioterapia e hormônioterapia e 98 fazem tratamento de radioterapia.
A diretora administrativa da Unacon, Lívia Matos, informou que o tratamento é feito em duas modalidades. “Tem o tratamento com medicação venosa, que o paciente toma a medicação aqui. E o tratamento com medicação oral, que as medicações são fornecidas para o paciente tomar em domicílio de forma gratuita através do SUS”.
O médico radio-oncologista, Gustavo Mota, também destacou o aumento dos atendimentos na Unacon. Ele afirmou que o aumento ocorre por Feira atender a cidades circunvizinhas. “Já temos projetos de ampliação para ter uma segunda máquina de radioterapia que vai poder tratar os pacientes de forma mais rápida”, informou.
Diagnóstico precoce
Esta segunda-feira, 8 de abril, é o dia mundial de Combate ao Câncer, e o médico, Gustavo Mota, chama a atenção para a importância do diagnóstico precoce. De acordo com ele, não só em Feira de Santana, mas em todo Brasil, tem aumentado o número de diagnósticos precoces. “Isso ocorre porque a população está se cuidando mais. É importante saber que o quanto antes a pessoa descobrir a doença, ela tem chances maiores de cura”, ressaltou.
No homem, o câncer mais comum é o da próstata. Para diagnosticar, o médico informou que o homem deve fazer o PSA, que é um exame de sangue simples, além de fazer o exame de toque retal. “Os dois exames se complementam para o diagnóstico do câncer de próstata. Isso deve ser feito a partir dos 50 anos e se ele tiver algum parente de primeiro grau que já teve o câncer, o exame deve ser feito após os 45 anos”, explicou.
No caso da mulher, o médico explica que o exame ginecológico deve ser feito pelo menos uma vez por ano, para conseguir detectar precocemente o câncer de colo uterino, que é muito comum na mulher. Ele recomenda ainda que a partir dos 50 anos, a mulher deve fazer a mamografia, pelo menos uma vez por ano. “Esse exame consegue diagnosticar o câncer de mama, que no caso da mulher é o mais comum.”
Com relação a outros tipos de câncer, Gustavo Mota, ressaltou a importância de procurar um médico sempre que sentir alguma alteração em determinado órgão, ou algum sintoma desconhecido. De acordo com ele, para cada tipo de câncer, existe um exame específico para o diagnóstico.
“Por exemplo, se o paciente sentir alguma coisa diferente no estômago, que ele suspeite que seja uma gastrite, ele vai fazer uma endoscopia e caso ele tenha um câncer será identificado. O importante é que quando o paciente sentir alguma coisa, ele procure um médico que vai direcionar e solicitar os exames”, afirmou.
As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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