Barra do Piraí

Mãe de menino morto diz que manicure era 'confidente e amiga'

Empresária afirmou que tinha plena confiança na manicure, que trabalhava para ela há três anos

Acorda Cidade

A empresária do ramo imobiliário, Aline Eiras Santana Bichara, de 24 anos, mãe do menino João Felipe Eiras Santana Bichara, de 6 anos, assassinado pela manicure Suzana do Carmo de Oliveira Figueiredo, de 22 anos, disse que considerava a criminosa uma amiga.
 
O crime aconteceu na segunda-feira, em Barra do Piraí. Muito abalada e chorando muito, Aline foi ouvida pelo delegado titular da 88ª DP (Barra do Piraí), José Mário Salomão Omena, na noite de quarta-feira (27). 
 
No depoimento, a empresária afirmou que tinha plena confiança na manicure, que trabalhava para ela três anos, a ponto de conversar sobre assuntos íntimos. Ao site G1, o delegado Omena informou que analisou as imagens do hotel onde Suzana matou a criança. O policial afirmou não ter mais dúvidas de que a manicure agiu sozinha.
 
No depoimento, interrompido várias vezes pelo choro de Aline, ela disse que estava muito triste e decepcionada. “ Aline pediu apenas que eu me empenhasse ao máximo para que a justiça seja feita e Suzana permaneça presa”, disse o delegado. “Ela apelou para que o crime não fique impune, não mais por ela ou por João Felipe, mas para proteger outras mães e crianças”
 
Segundo o policial, Aline disse não ter conhecimento de qualquer relacionamento do marido, o empresário Heraldo Bichara Júnior, com a manicure, como a assassina disse à polícia. No entanto, diante da declaração da acusada, a mãe de João Felipe afirmou que passou a ter dúvidas.
 
“Aline disse que, se o marido tinha alguma coisa com Suzana, ela nunca desconfiou de nada. As duas eram muito amigas. A mãe da criança achava estranho o fato de Suzana vestir roupas caras e de marcas famosas, algo incompatível com seus ganhos como manicure”, disse delegado
 
Para Omena, tudo indica que Suzana matou João Felipe para se vingar do pai ou da mãe do meninoou de ambos. Após analisar imagens de segurança do Hotel São Luiz, no Centro de Barra do Piraí, onde ocorreu o crime, Omena concluiu que Suzana não teve ajuda de ninguém para o crime, ao contrário do que a assassina confessa alega
 
Na terça-feira, a manicure disse que o taxista que buscou João Felipe na escola e o recepcionista do hotel tinham sido seus comparsas. “Nas imagens, ela aparece chegando e saindo”, disse o delegado. As informações são do Correio.