Terceiro dia da Flifs tem alta participação de estudantes de cidades da região 

O terceiro dia do Festival Literário e Cultural de Feira de Santana (Flifs) chegou com uma programação especial dando continuidade a grande festa literária na cidade. Muitos estudantes estão chegando de diversas cidades da região para acompanhar. Nesta edição, a Feira do Livro traz como tema “Narrativas femininas, histórias para resistir”, colocando protagonismo de mulheres plurais no centro das memórias.

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Rita Brêda, coordenadora da Flifs e vice-reitora da Universidade Estadual de Feira de Santana, falou ao Acorda Cidade sobre o terceiro dia de evento que traz toda a região para pensar o protagonismo feminino.

“Realmente a nossa expectativa tem sido atingida mesmo, uma grande adesão, não só das escolas, não só de Feira de Santana, temos escolas de Serra Preta, de Ichu, de Santa Luz e de outras cidades circunvizinhas, uma grande movimentação, não só pela política do Vale-Livro, que fortalece a distribuição do Vale e a formação de leitores, mas também de participação nas atividades”.

Rita destacou a participação do Robozão, da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado, na quarta-feira, que chamou atenção de muita gente. Para além das atividades, apresentações e debates culturais, o evento tem trazido muitos outros atrativos como esse, que tem sido um sucesso.

“Hoje o Robozão se representa e temos públicos em todas as atividades. Atividade da Praça do Cordel, das mesas, dos lançamentos, na Flifinha. A Flifinha com uma grande participação em todas as atividades. A gente avalia de forma muito positiva a participação até agora. Estamos chegando ao terceiro dia, as livrarias, as editoras, com a boa circulação e de vendas. Então isso deixa a gente muito feliz que o evento é feito para isso, para que as pessoas circulem e se deparem com várias práticas culturais”. 

Visitantes de carteirinha, os alunos da Escola Estadual Dom Pedro II, da cidade de Coração de Maria estiveram na Flifs neste terceiro dia. Ao Acorda Cidade, a professora do grupo, Lísian Alves e vice-diretora da unidade, falou sobre a participação de 80 crianças na 17ª edição do evento.

“Um momento muito significativo para os meus alunos, visto que a educação vai além da sala de aula e esse momento onde ele vai interagir, comprar livros e conhecer a cultura local é muito importante”, segundo ela, em todas as edições, a escola traz um grupo de estudantes.

Além dos stands montados na Praça Padre Ovídio, a Praça da Matriz, no coração da cidade, com os palcos, a Flifinha, especialmente organizada para a criançada, a Praça do Cordel, de alimentação, entre outras atrações, os participantes também contam com o espaço do Sesc-Centro, que está bem próximo do local. 

Com a professora do Dom Pedro ll estavam Gabriela Reis e Rebecca Desiderio. Ao Acorda Cidade, as meninas contaram que este é o terceiro ano participando da Feira do Livro, sempre uma nova oportunidade para acompanhar outras visões de mundo através da literatura.

“É uma experiência que pode mudar a nossa realidade. O mundo da leitura é incrível e eu acho que quanto mais a gente lê, mais conhecimento a gente adquire, então isso é sem igual, é incrível, perfeito”, disse Gabriela. 

Rebeca também destacou a importância da Flifs para influenciar novos leitores de modo divertido.

“Eu gosto bastante dos livros, mas confesso que a parte da cultura chamou muito a minha atenção, porque é um lugar gostoso, aconchegante, a gente ama esse espaço. Essa cultura em si é incrível”, disse Gabriela.

Rebeca acrescentou que: “Além da cultura, existe a comunhão, conhecer novas pessoas, dividir novas experiências, eu acho que é isso”.

De Feira de Santana, Ana Júlia Vitória estava participando com a Escola Estadual Otávio Mansur de Carvalho, do bairro do Caseb. A jovem está cursando o 9º ano do Ensino Fundamental ll. De casa, ela trouxe bons incentivos à cultura nordestina.

“Eu já vim outras vezes, até com os meus avós, ela me ensinou também sobre o cordel, que ela ama, eu já fui desenhada pelo rapaz que faz cordel e minha avó me explicou sobre a literatura. Eu gosto devido às histórias que ela contou, que ela viveu, as experiências”. 

Através do vale-livro ela já estava adquirindo mais alguns para sua coleção. “O Mágico de Oz e o Pequeno Príncipe, amo desenho de pintura e gosto de ler também”. 

Quem estava trabalhando, mas aproveitando bastante o festival foi Marcos Ferreira, da Livraria São Marcos. Ele saiu da cidade de Divinópolis, Minas Gerais e já está em sua sétima participação no evento. 

Para ele, cada ano surpreende mais, mas este ano, as vendas estão ótimas até o momento.

“Estamos acima das expectativas, porque nos outros anos a gente não trabalhava com vale-livro. E esse ano surpreendeu porque é o primeiro ano que a gente trabalha com vale-livro. Eu tenho livros infantis, infanto-juvenil, adulto e livro técnico. É preço único. Nós viemos com diferencial para a feira, R$ 10 qualquer livro”, contou o vendedor. 

A feira começou na última terça-feira (27) e segue até o próximo domingo, dia 1º de setembro. Quem ainda não teve tempo de conferir, pode acompanhar uma programação especial aqui, com atividades no turno diurno e noturno. Não perca! 

Rita Brêda ainda destacou que até no período da noite, as atrações culturais têm atraído um grande público para o evento. 

“Tivemos duas noites já de grande participação de público por conta das atividades culturais. O primeiro dia com Marizélia e a banda Quixabeira da Matinha, ontem com o Carol e com o grupo de semiáridas, de mulheres apresentando belíssimos espetáculos e com a grande participação de público, o que deixa a gente extremamente satisfeita e reconhecido que o nosso objetivo vem sendo concretizado”, finalizou.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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