Quase dez anos longe do Brasil sem a expectativa de retornar a uma vida tranquila e comum. Sílvia Perone tinha apenas 5 anos quando foi separada do pai, um deputado estadual na época, que foi perseguido pelo regime militar e teve que deixar a Assembléia Legislativa às pressas e embarcar para o exílio no Chile, onde a família se reencontrou. Depois, nova mudança, para a FrançaEssa semana, Sílvia, que ainda conserva o sotaque francês e as lembranças emocionadas de um período conturbado de sua vida, conseguiu ser anistiada. alguns anos, o perdão do Estado e as indenizações financeiras ou reconhecimentos de títulos conquistados em outros países, como diploma de graduação, eram concedidos apenas aos perseguidos políticos. Apenas recentemente, os familiares, principalmente, filhos desses militantes, começaram a ter o reconhecimento das restrições que viveramDepois de contar sua história, inclusive a morte de uma de suas irmãs que acabou se envolvendo com drogas depois do fim do exílio, Sílvia ouviu o pedido de desculpas do Estado, proferido por 16 conselheiros que integram a Comissão de Anistia. Quinze outros filhos de perseguidos políticos também foram anistiados no mesmo julgamento, que ocorreu três dias em BrasíliaNa época da saída do Brasil, Silvia, as duas irmãs e a mãe conseguiram reencontrar o pais dias depois. A vida da família Perone se resumiu, a partir daí, a acompanhar de longe a vida no país de origem, que vivia um momento político conturbado. No Chile, os Perone recebiam notícias de familiares e amigos e recepcionavam outros perseguidos militares que tiveram que deixar o BrasilDois anos depois, a família inteira teve que, novamente, se mudar. Desta vez, foram para a França, em 1972, quando a situação de militantes brasileiros que lutavam contra o regime militar foi agravada“Tenho boas lembranças do Chile. Nossa casa era aberta e recebíamos muitas pessoas e, para a gente, era uma bagunça sempre. Na França, caiu a ficha. Meu pai percebeu que não poderia mais voltar e as coisas ficaram mais difíceis”, disse elaSílvia conta que as notícias de amigos presos e assassinados começaram a chegar com mais frequência e a situação deles em Paris se complicou. “Meu pai era visto como se fosse um monstro. Os brasileiros turistas tinham medo de manter contato com a gente. Tinha polícia secreta em todo lugar”, contouDesde 2001, quando a comissão foi criada, 60 mil casos foram julgados. Deste total, 40 mil pessoas receberam o pedido de perdão do Estado, e a maior parte delas ainda foram indenizadas financeiramente pelas perdas e restrições que sofreram no período da ditadura militar. As informações são da Agência Brasil.
Dilton e Feito

Dilton Coutinho, fundador do Acorda Cidade, é um radialista renomado com mais de 20 anos de experiência na cobertura jornalística. Ele construiu uma carreira sólida marcada por sua dedicação à verdade e ao jornalismo ético. Atuando em diversos veículos de comunicação, Dilton ganhou reconhecimento por sua habilidade em abordar temas complexos com clareza e profundidade. Sua paixão por informar o público e sua integridade profissional fazem dele uma referência no jornalismo contemporâneo.

Dilton Coutinho, fundador do Acorda Cidade, é um radialista renomado com mais de 20 anos de experiência na cobertura jornalística. Ele construiu uma carreira sólida marcada por sua dedicação à verdade e ao jornalismo ético. Atuando em diversos veículos de comunicação, Dilton ganhou reconhecimento por sua habilidade em abordar temas complexos com clareza e profundidade. Sua paixão por informar o público e sua integridade profissional fazem dele uma referência no jornalismo contemporâneo.