Saúde

Liminar garante tratamento com Folfox 4 a pacientes em Feira de Santana

A pedido do MPF, Justiça determina que a União, o Estado da Bahia e o município forneçam gratuitamente o tratamento com o protocolo aos usuários do SUS que não possam arcar com as despesas.

Acorda Cidade
 
Fornecer um tratamento mais eficaz no combate à neoplasia de cólon-reto por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) em Feira de Santana, na Bahia. Esta foi a vitória alcançada pelo Ministério Público Federal (MPF) com a liminar da Justiça Federal que determinou que a União, o Estado da Bahia e o Município forneçam o tratamento com o uso do protocolo Folfox 4 aos usuários do SUS residentes na cidade que não possam arcar com as despesas.
 
De acordo com a publicação “ABC do Câncer”, do Instituto Nacional do Câncer (INCA) do Ministério da Saúde, a neoplasia “é uma proliferação anormal do tecido, que foge parcial ou totalmente ao controle do organismo e tende à autonomia e à perpetuação, com efeitos agressivos sobre o homem”. O resultado da neoplasia é a formação de tumores, que podem ser benignos ou malignoscomo o câncer. Ainda segundo o INCA, para o Brasil, no ano de 2012, esperou-se 14.180 novos casos de câncer do cólon-reto em homens e 15.960 em mulheres
 
 
Segundo a ação da Procuradoria da República em Feira de Santana, que requisitou a liminar, os pacientes com neoplasia que enquadram-se no grupo com necessidade de quimioterapia adjuvante profiláticaindicada após o tratamento cirúrgico, quando não evidências de neoplasia malignatêm direito de reembolso para tratamentos no valor de cerca de 427 reais, enquanto o tratamento com o protocolo Folfox 4 custa cerca de 2.400 reais. Embora o tratamento ainda não integre a lista dos que são oferecidos pelo SUS, estudos científicos apontam maior eficácia na redução de reincidência da neoplasia e na cura de pacientes tratados com o Folfox 4 .
 
 
A liminar, concedida pelaVara da Subseção Judiciária de Feira de Santana, vale para os pacientes hipossuficientes economicamente que tenham indicação do uso do tratamento prescrita por um médico vinculado ao SUS. Em caso de descumprimento da decisão, a União, o Estado da Bahia e o Município estão sujeitos à multa diária equivalente a 10% do preço do medicamento, cerca de 242 reais.