Feira de Santana

Funcionários da Casa de Saúde Santana paralisam atividades e pacientes ficam sem atendimento

Funcionários se reuniram com o diretor da instituição, Ângelo Mario de Carvalho, que afirmou ao Acorda Cidade que a situação do Hospital é complicada, já que a gestão passada, deixou uma dívida de cerca de um milhão e seiscentos mil reais.

Daniela Cardoso
 
Cerca de 70 funcionários paralisaram as atividades na Casa de Saúde Santana, em Feira de Santana, na manhã desta quinta-feira (21), alegando atrasos no salário. Eles se reuniram com o diretor da instituição, Ângelo Mario de Carvalho, que afirmou ao Acorda Cidade que a situação do Hospital é complicada, que a gestão passada, deixou uma dívida de cerca de um milhão e seiscentos mil reais
 
“Esse hospital tem 43 anos e nunca houve uma greve, nem paralisação. Essa situação foi causada pelo ex-prefeito que saiu nos devendo. O prefeito atual, José Ronaldo, nos pagou dois meses. Eu conversei com ele, que me disse não ter condições de pagar o mês de dezembro. Ronaldo me prometeu pagar todos os meses na data certa e que daqui a quatro meses começar a pagar os atrasados e repor as atividades que o ex-prefeito deixou de colocar”, afirmou
 
Segundo Ângelo Mario, uma verba para atendimentos de emergência também foi cortada pela gestão passada, o que segundo ele, também está dificultando a situação financeira da Casa de Saúde. “A instituição não está sendo colocada a venda. Passamos por necessidade e as vezes colocamos dinheiro do nosso próprio bolso. A nossa esperança é que os pagamentos sejam efetuados na data correta. Essa instituição não pode viver com menos de 350 mil reais”, afirmou.
 
Várias pessoas aguardavam na fila por atendimento 
 
Muitas pessoas que estavam na fila a espera de atendimento reclamaram da situação. Elas afirmaram que não tinha um funcionário para dar informações corretas e que não sabiam se seriam atendidos ou não
 
“Minha irmã caiu e quebrou o braço. tentamos atendimento em vários hospitais e não conseguimos. Viemos aqui e é essa a situação. Isso é um absurdo. Nós elegemos os políticos e temos que ficar mendigando para conseguir um atendimento”, desabafou Roberto Cerqueira, morador do bairro Rua Nova. 
 
Janete dos Santos, que é moradora da cidade de Conceição do Jacuípe, contou que saiu de casa às 4 horas da manhã para tentar conseguir o atendimento. “Desde antes do Carnaval que eles estavam falando sobre atraso no pagamento. A gente fica aqui esperando na chuva, sem saber se seremos ou não atendidos”, afirmou.
 
Maria José Silva, moradora do bairro Caseb, disse que tenta atendimento desde o ano passado. Ela reclamou da situação e disse que não tem nenhum funcionário para passar informações. “Chegamos aqui na recepção e não tem ninguém para nos atender. A gente tem casa para cuidar, tem trabalho e a situação é essa. Não temos uma definição se seremos ou não atendidos. Não podemos ficar aqui desse jeito. Como podem fazer isso com a gente que somos seres humanos”, questionou
 
As fotos e as informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade