Daniela Cardoso e Ney Silva
Servidores do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) mostram-se insatisfeitos com a decisão do governo do Estado em anunciar a mudança de gerenciamento do hospital. No último dia 30 de janeiro a secretaria de Administração do Estado publicou um edital onde mostra o interesse da secretaria de Saúde da Bahia em passar o controle administrativo do HGCA para uma organização social, nos mesmos moldes como vem sendo administrado o Hospital Estadual da Criança (HEC). Na manhã desta quarta-feira (6) dezenas de servidores se reuniram no auditório do hospital para discutir a situação.
O diretor do Sindicato dos Enfermeiros, Edclécio Mendonça, disse que caso o governo estadual troque de gerência passando para a rede privada ou para uma organização social, os recursos destinados ao hospital vão para essa instituição. Segundo ele, os órgãos de fiscalização ficam de mãos atadas e as instituições podem fazer compras sem licitação. Além disso, explica Edclécio, a contratação de funcionários passa a ser aleatória, sem concurso público, o que na opinião do dirigente vai de encontro a Constituição, que só permite que em instituições públicas, a contratação seja através de concurso.
Edclécio lembrou que se fosse para resolver a situação atual do Clériston Andrade, a troca de gerenciamento não seria a solução e cita a situação do HEC, que segundo ele, está funcionando apenas com um terço do seu potencial, já tendo sido administrado por três instituições, sendo que os problemas não foram resolvidos. Ainda de acordo com o diretor sindical, as instituições que administraram o HEC causaram prejuízos aos cofres públicos e deixaram queixas trabalhistas.
O diretor disse também que no Hospital existem trabalhadores fantasmas e faltosos, mas ele afirma que quem faz a contratação dessas pessoas é a secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) e que a diretoria do hospital deveria ter competência para resolver a situação.
Edclécio informou ainda que os servidores estão preocupados com a garantia da estabilidade funcional, porque com a mudança de gerenciamento poderá haver transferência de servidores para unidades de 
saúde dos 26 municípios que compõem a 2ª Dires. Na opinião dele, existe uma manobra do governo do estado através da mídia para justificar para a comunidade que a salvação é a privatização do Clériston.
saúde dos 26 municípios que compõem a 2ª Dires. Na opinião dele, existe uma manobra do governo do estado através da mídia para justificar para a comunidade que a salvação é a privatização do Clériston.
A diretora do Clériston Andrade, Iraci Leite, confirmou que existe a intenção do governo do Estado para que a gestão do hospital seja feita por uma organização social. Ela informou que na próxima sexta-feira (15), após o carnaval, a superintendente de Recursos Humanos da Sesab, Telma Dantas, deverá vim a Feira de Santana para uma visita ao hospital, onde irá esclarecer os servidores sobre as mudanças.
Assuntos
