Feira de Santana
Empresas são suspeitas de sonegar R$ 2 milhões por ano em impostos
A operação contou com a participação de 94 servidores estaduais, sendo 28 da Secretaria da Fazenda e 63 da Secretaria de Segurança Pública, além de três promotores de justiça do Ministério Público Estadual da Bahia em 18 veÃculos.
Andrea Trindade
A Polícia Civil, a Secretaria da Fazenda do Estado e o Ministério Público Estadual deflagraram a operação Espelho Mágico na manhã desta terça-feira (18) em Feira de Santana, e conduziram cinco pessoas ao Complexo Policial Investigador Bandeira para prestar esclarecimentos.
A operação cumpriu oito mandados de busca e apreensão em empresas, escritórios de contabilidades e residências, nas cidades de Feira de Santana, Amélia Rodrigues e Vitória da Conquista, para obtenção de provas documentais relativas a sonegação tributária.
Segundo a polícia, há dois anos a Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, iniciou a análise investigativa na empresa Mercante Distribuidora de Materiais Elétricos e de Construções LTDA, que atua no comércio atacadista, e na Mercante Transporte LTDA, responsável pela entrega de mercadorias vendidas pela distribuidora.
Uma nota técnica da operação divulgada à imprensa informa que foram analisadas uma farta documentação e cópia de notas fiscais, de conferências e de cheques, que apontam para a prática de sub-faturamento, que consiste no registro fiscal e contábil da operação comercial em valor inferior ao efetivamente praticado.
A estimativa, segundo a nota, é que pelo menos $R 2 milhões de reais em impostos sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços (ICMS) foram sonegados por ano.
A operação contou com a participação de 94 servidores estaduais, sendo 28 da Secretaria da Fazenda e 63 da Secretaria de Segurança Pública, além de três promotores de justiça do Ministério Público Estadual da Bahia em 18 veículos.
As pessoas conduzidas ao complexo policial (o proprietário das empresas, sua mulher e sócia, a filha do casal, o genro e uma ex-funcionária. O dono do escritório que presta serviço de contabilidade) já foram liberadas, uma vez que não havia mandados de prisão contra elas. O comando da operação não divulgou os nomes dos suspeitos no esquema de sonegação.
Com informações do repórter Ed Santos do programa Acorda Cidade
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