Eleições 2012

Eleições movimentam discussões nas redes sociais

Embora a discussão política seja, de fato, mais frequente com a chegada do final das eleições e das propagandas políticas na televisão, o debate virtual também é considerado um ponto positivo, até pela tão criticada apatia do eleitor brasileiro quando o assunto é política, avalia o professor de ciências políticas da Universidade Federal da Bahia, Cloves Oliveira.

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Acorda Cidade
 
O assunto eleições nas redes sociais com a polarização da campanha no segundo turno entre o DEM e o PT aumentou consideravelmente na reta final da eleição. Diariamente, postagens e compartilhamentos de informações continham denúncias e defesas aos candidatos, discussões entre os usuários e até pedidos de alguns para que respeitassem as preferências políticas, visto a constância de publicações que tentavam convencer os usuários da rede de que tal candidato era o mais "preparado" para a prefeitura.
 
Embora a discussão política seja, de fato, mais frequente com a chegada do final das eleições e das propagandas políticas na televisão, o  debate virtual também é considerado um ponto positivo, até pela tão criticada apatia do eleitor brasileiro quando o assunto é política, avalia o professor de ciências políticas da Universidade Federal da Bahia, Cloves Oliveira.
 
"As campanhas no ambiente virtual têm essa característica de mobilizar de forma mais ativa as pessoas. E os eleitores, que a princípio não participariam em outro tipo de plataforma, acabam discutindo, porque é cômodo. O que se observou em relação à participação politica nos últimos tempos foi um certo desânimo das pessoas. Com as redes, houve um ativismo fantástico de pessoas jovens", explica.
 
A participação na rede é favorecida, segundo o professor, pela característica da plataforma, cujo espaço desmaterializado favorece a discussão por não ser presencial. Isso possibilita, por exemplo, que as pessoas expressem as suas opiniões a respeito do pleito ou de suas preferências políticas enquanto realizam as suas atividades regulares.
 
"Nos Estados Unidos, o voto e a participação em comícios e atividades presenciais caíram ou se mantiveram estáveis, ao passo que as mensagens e e-mails enviadas aos parlamentares e aos políticos, cresceram, porque hoje temos uma interface maior entre o eleitor e os atores políticos", acrescenta Oliveira.
 
A discussão motivada pelas eleições em Salvador nas redes sociais também é vista como um avanço importante para impulsionar a discussão política para o professor da Ufba, Jorge Almeida, que, no entanto, chama atenção para a participação que fica restrita apenas ao ambiente virtual. "Esse interesse é relevante, mas se a participação não ultrapassa a barreira virtual, não vai muito adiante", opina Almeida. As informações são do A Tarde.