Apelo
Com 179 kg, mulher faz apelo por cadeira de rodas e cirurgia dos joelhos
A rotina para buscar ajuda não tem sido fácil. O pouco de doações que eles conseguem são para comprar alimentos, remédios e manter a casa.
01/02/2024 às 16h26, Por Jaqueline Ferreira
Aline Neres dos Santos, de 40 anos, está sofrendo com os males da obesidade. Pesando 179 quilos, ela luta para conseguir uma cadeira de rodas especial e um tratamento multiprofissional que ajude a resgatar a sua saúde. Ao Acorda Cidade, ela fez um apelo para conseguir a nova cadeira e realizar a cirurgia que vai ajudá-la a voltar a andar. Segundo Aline, o procedimento custa em torno de R$ 30 mil.
Após a perda de sua mãe, o uso de medicamentos antidepressivos se tornou constante, o que se agravou com a depressão pós-parto que teve dos seus dois filhos. Há mais de 17 anos ela vem enfrentando o ganho de peso e problemas de saúde mental. Depois da pandemia da covid-19, sofreu um acidente enquanto lavava roupa de ganho e fraturou os joelhos. Ela relata que foi atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) estadual, mas a mandaram para casa sem maiores tratamentos, o que piorou a situação.
Em entrevista ao Acorda Cidade, Aline contou que sua cadeira já foi soldada e está prestes a ceder. Ela também relatou as dificuldades que tem passado sem acompanhamento médico e a necessidade urgente de cirurgia.
“Não estou sendo acompanhada por ninguém. Só pelas emergências, que me atendem quando estou com muita dor, dor na coluna, no joelho, na cabeça. A dor é tão forte que dói os ossos e vai para a cabeça. Meu marido me leva na emergência. Os médicos falam que eu tenho que perder peso para poder botar as duas próteses nos joelhos e eu não tenho condições de fazer dieta em casa. É muito difícil comprar as coisas integrais, não tenho benefício nenhum”, relatou.
Com uma filha de 17 anos e um filho de 12, Aline mora com o esposo no bairro Santo Antônio dos Prazeres, em Feira de Santana. Sem renda nenhuma, ele se desdobra para comprar os remédios, pagar o aluguel e colocar comida na mesa. Aline relatou que tem vivido da solidariedade das pessoas e pede ajuda também para morar em uma casa que seja no térreo.
Por recomendações médicas, ela precisa passar por um ortopedista para tratar a lesão nos joelhos que já faz anos sem diagnóstico; de uma nutricionista para auxiliar na perda de peso, além do acompanhamento de outros multiprofissionais que ajudem em seu processo de recuperação física e mental.
O esposo de Aline era chapista de automóvel. Reinaldo Pinho Sena, de 42 anos, explicou que, após a queda e a falta do tratamento das fraturas pela UPA, a situação da família se complicou. Ele também não tem condições de se locomover com a esposa pela cidade, pois tem os braços operados.
“Ela vem sofrendo na base do medicamento e a única maneira que tivemos foi ir até a rádio, às pessoas que possam nos ajudar, porque minha mulher não vai aguentar chegar aos 50 anos com a fratura no joelho, obesa e com o fêmur machucado. Eu sou operado dos braços”, declarou.
A família pede o apoio de quem puder ajudar, seja com atendimento médico, com uma casa para morar, com valores que auxiliem no aluguel de uma casa mais apropriada ou até mesmo na compra dos medicamentos, que são muitos.
Reinaldo contou que a rotina para cuidar da esposa e buscar ajuda não tem sido fácil. O pouco de doações que eles conseguem nas ruas são para comprar alimentos, remédios e manter a casa. Os dois precisam de medicações que não estão encontrando no posto de saúde.
“Nós não temos condição nem de nos mantermos direito. Até nossos filhos tiveram que passar a morar com nossos familiares porque eles vivem essa dificuldade e não podem estar ao nosso lado, para vocês verem a necessidade e a situação que nós estamos passando. Ela deseja voltar a andar, sofre por falta desse remédio. Os remédios são para fraturas nos joelhos e são para acalmar o cérebro. Estamos com receita, mas não dão no posto. No posto não está dando nenhum remédio básico, e esse é caro”, relatou.
Quem puder colaborar, pode doar via PIX através da chave 75 99208-5264.
Em resposta, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que a equipe multidisciplinar do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) entrou em contato com a paciente e agendou uma visita nesta quinta-feira (1º).
Caso seja habilitada para atendimento domiciliar, Aline passará a ser assistida na própria casa, a fim de evitar possíveis desgastes físicos.
A reportagem do Acorda Cidade também solicitou uma resposta da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e aguarda retorno.
Com informações da jornalista Iasmim Santos do Acorda Cidade
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Equipe do Acorda Cidade, nos mantenha informados se realmente a secretaria de saúde deu assistência a essa mulher. Que tudo dê certo. 🙌🏻
O que resolve é uma cirurgia bariátrica antes de tudo; não adianta operar os joelhos com esse peso.
Concordo, Jorge!
Eu tbm acho!Fazendo a cirurgia resolveria grande parte do problema.
Cadê Zé neto com a saúde e os políticos que vão vim agora pedi voto. Deputado mostra que você é uma pessoa de bem ajuda essa filha de Deus.